Johnny Depp, especialista em interpretar personagens irreais, não ficou por baixo com seu papel bem maluco como o Chapeleiro em Alice no País das Maravilhas. Mais uma vez deu show e mostrou que sua marca registrada para papéis não convencionais é insubstituível. Nunca fui muito fã da atriz Helena Bonham Carter, que vive a malvada Rainha de Copas (ou Rainha Vermelha), mas não vou negar que sua interpretação tem motivos justos para marcar sua carreira. A queridinha de Hollywood Anne Hathaway, a Rainha Branca, quase nem aparece, mas brilha tanto quanto em qualquer um deu seus papéis. E por fim a pós adolescente e ainda um tanto inexperiente Mia Wasikowska, a própria Alice, conquistou mesmo o público e os críticos.
Alice, agora com quase 20 anos de idade, é pressionada a se casar com um conde. Mas obcecada com um sonho que a persegue noite após noite, a menina começa a perceber que o mundo é mais do que aquilo que seus olhos veem durante o dia. Em um belo dia, em uma festa da realeza, coisas muitos estranhas começam a acontecer. Ela passa a enxergar coisas que ninguém mais enxerga. Até que, perseguindo o famoso coelho branco, Alice cai no buraco da árvore, danco início à sua nova aventura no País das Maravilhas.
Para resumir, a trama foi um espetáculo de efeitos. Do começo ao fim, praticamente em cada segundo foram investidos espetáculos visuais. A mudança na história, já que desta vez Alice não é mais uma criança e retorna ao País das Maravilhas para uma grande missão, ficou até bem original. Mas afora os efeitos incríveis, os personagens impressionantes e a excelente história ficcional e modificada, o que mais me chamou a atenção, embora para os críticos seja o de menos, foi a lição de moral do filme. Alice sempre foi uma menina não convencional, ensinada pelo pai a realizar coisas impossíveis. Muito filosófica, indignada com a alienação das pessoas à sua volta, geralmente preocupadas com o status, com a posição que devem ocupar na nobreza e o com o dinheiro, Alice tem o desejo de ser diferente, de realizar seus sonhos, como ensinou seu pai, mesmo que eles sejam impossíveis. E de jeito nenhum admite se submeter ao sistema que querem lhe impor. Lembrou-me bastante A Alegoria da Caverna de Platão. Mas esse é outro assunto. Não vou me alongar demais.
De um modo geral o filme é bem bacana. Mas não vou negar que esperava mais dele pelo estardalhaço que fizeram. Ainda assim é uma boa aventura, bem recheada de atrativos. E com um elenco de tirar o chapéu.
Minha nota: 8,0
Olá, passeando pelo seu Blog, parei para ler os comentários sobre filmes, e não posso deixar de registrar minha opinião sobre este filme em questão. Conheço o filme original e vejo que a história antiga tinha um público bem infantil porém não vi atrativos para crianças, pois o filme está muito macabro, isso é natural de Tim Burton, acho que eu evitaria passar para as crianças um filme onde há cabeças decaptadas boiando num lago, bem, é só minha opinião. O que você acha?
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