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Resenha Crítica de Filme: Querido John

Por que mulher gosta tanto de chorar? Faço essa pergunta porque sei o quanto romance mexe com a emoção de uma dama. E, a despeito da dor causada, é difícil encontrar uma mulher que não seja apaixonada por um filme piegas e cheio de percalço ao longo da história, especialmente se o filme tratar de uma história descomedidamente romântica. Não existe mulher a quem eu tenha questionado até hoje sobre filmes como Uma Carta de Amor, Um Amor para Recordar ou Antes que Termine o Dia que tenha dito "nossa, não gostei desse filme". É quase unânime, elas quase enfartaram com a história de tantas lágrimas derramadas, mas ainda assim, amaram aquele incomum e único caso de amor da história.

Agora deixando de lado a mera opinião feminina por filmes românticos e analisando por ângulos técnicos, não é muito difícil concluir que originalidade é o ponto fraco desse gênero. Os romances geralmente se baseiam em uma história de amor única, com acontecimentos únicos e que refletem os sentimentos dos personagens de forma extrema, como se nenhum outro casal do mundo pudesse se amar tanto quanto eles. Temos que concordar que a vida real é bem diferente, embora, claro, a história esteja sendo contada pela perspectiva daqueles personagens, então, a maneira como eles contam, obviamente, enfocará o amor deles como o maior e mais forte do universo. De qualquer jeito, esse não é o grande problema, mas sim a falta de singularidade da história. Elas são todas muito semelhantes. Um homem (ou rapaz), que se apaixona pela moça (ou menina) e tem esse amor correspondido com a mesma medida. E no fim, ou acontece algo muito trágico, ou ambos conseguem se unir para sempre. Não há como negar, é irresistível para uma mulher, inclusive para mim. Mesmo que a história seja uma bobagem, ela mexe com o ponto mais fraco da mulher, a emoção. Entendeu agora por que mulher gosta de histórias românticas e piegas? Porque ela se põe no lugar da mocinha, como se aquela história fosse acontecer com ela, como se pudesse encontrar alguém que a amasse como jamais foi amada. Da mesma forma que os homens se idealizam como um Hércules, um Aquiles ou um Neo.

Quem não se encanta, hã?
Em Querido John a história não muda muito. Dois jovens se apaixonam e a partir desse romance muitos contratempos os acompanham em seu pouco tempo juntos. John Tyree (Channing Tatum) tira a bolsa de Savannah Curtis (Amanda Seyfried) do mar. Nada de imprevisível, os dois se apaixonam à primeira vista. Mas ficam juntos apenas duas semanas, porque John é recrutado para servir na guerra. Um ano separados não os afasta, nem diminui o amor que um sente pelo outro. Eles se correspondem por cartas durante todo o tempo, enumerando-as para o caso de não chegarem em ordem. Quando John volta para casa, para passar só dois dias, Savannah fica enlouquecida ao saber que ele vai voltar para a guerra e ficar mais dois anos longe. Depois daí, muitos problemas começam a acontecer, inclusive uma baita tragédia que põe em dúvida a sobrevivência do futuro do casal.

Como disse, a história não tem nenhuma novidade, mas é encantadora, é de chorar o tempo todo. Linda como as grandes histórias de romance conhecidas e apreciadas pelo público feminino. O filme foi sucesso de bilheteria nas semanas em que foi aor ar nos EUA, ganhando a liderança e ultrapassando até mesmo Avatar. Muitos já conheciam a história de Dear John, por se tratar de uma adaptação do romance famosíssimo de Nicholas Sparks, mesmo que escreveu Diário de uma Paixão. Amanda Seyfried ganhou muitos pontos com a interpretação da certinha Savannah.

Minha Nota: 8,0

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6 comentários:

  1. Amei o post. Nunca li nem vi querido John...
    Mas você está certíssima quando fala que as mulheres se põe no lugar das mocinhas. Exepcional.

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  2. Deninha,
    Romance não está entre meus gêneros favoritos, pois não tenho paciência com a previsibilidade do enredo (tá, sou uma chata mesmo!); com isso tudo ali que você comentou, essas coisas de 'mulherzinha', rsss.
    Mas gosto enquanto recorte da vida real, enquanto extensão do imaginário, que dá vazão à emoção, arranca suspiros e nos faz pensar em possibilidades (boas e ruins).
    Vou confessar: Romance eu só gosto em DVD, em casa, com guloseimas e, claro, com o meu amor do lado (bingo! tambem sou mulherzinha! kkk).
    Beijos, nossa crítica!

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  3. O Curioso Caso de Benjamin Button, Outono em Nova York, PS: Eu te amo... são todos nesse estilo de filme que você disse!
    Assim como A última música... que saiu do livro, cujo autor também escreveu Querido John xD

    Bjaum!


    www.suportedamente.blogspot.com

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  4. Ainda não tive oportunidade de assitir à 'Dear John', mas do jeito que sou, tenho certeza que me derramarei em lágrimas [sim, sou mulherzinha, como você descreveu! rsrs].
    'Um amor para recordar' está entre meus filmes preferidos, assim como Love Story e Orgulho e Preconceito [ambos adaptações literárias].

    Já 'O curioso caso de Benjamin Button', citado no comentário acima, não se encaixa exatamente nesse perfil descrito na postagem. Lógico que é romance, mas seu foco está mais no inesperado, no diferente, no inusitado de viver de trás para frente.

    Enfim, gosto de ler suas críticas ;D

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  5. MARAVILHOSO SEU BLOG,GOSTEI MUITO DO QUE VI AQUI..BJS VISITE: www.institutoeuqueropaz.blogspot.com

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  6. Oi. Indiquei você para o Selo Prêmio Sunshine Award. Passa lá no Reflexos para ver. bjo

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Ficarei bem feliz se você deixar um comentário. Logo retornarei, então dá uma olhadinha amanhã, que sua resposta já vai estar aqui. Beijos!