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Resenha Crítica de Filme: Harry Potter e as Relíquias da Morte – parte I

Estou preparando uma ideia nova para o blog. Tentei colocá-la em prática semana passada, mas fim de ano arranca mais tempo da gente do que em épocas de trampo. Daí achei melhor passar essa euforia toda. Mas, se tudo der certo, o blog vai dar uma boa embalada com essa ideia nova, pode apostar!

Por causa dessa doideira toda, acabei atrasando demais minha crítica ao filme mais esperado do ano. Óbvio que você sabe que estou falando de Harry Potter e as Relíquias da Morte – parte 1. Não sei já comentei por aqui que sou fãzona da Isabela Boscov, aliás, a minha maior inspiração jornalística, já que a moça é considerada uma das maiores críticas cinematográficas do Brasil, exatamente a área que mais me encanta. No entanto, tenho que discordar dela em alguns aspectos quando ela deu sua opinião sobre o último filme de Harry Potter. Clique aqui para ver a crítica dela. Vou explicar por que discordei da Isabela, assim como a maioria dos fãs da saga.


Muitos dos que viram o filme, claro, não leram o livro. Então, não se prenderam muito aos detalhes da história, quiseram ação. E não é novidade para ninguém o fato de os livros serem muito mais detalhados. E se eu pudesse escolher, creio que não teria sido demais que fossem feitas duas partes de todos os filmes de Harry Potter, ou pelo menos do Cálice de Fogo para frente. Exatamente pela riqueza de detalhes dos livros que tiverem, obviamente, que ser cortados dos filmes, ou os roteiros terem sido modificados para poderem encaixar no tempo determinado. Os fãs dos livros geralmente não gostam muito. Mas tudo bem, porque é necessário que haja cortes, e isso não aconteceu pela primeira vez com Harry Potter. De qualquer forma, no filme mais recente, as riquezas de detalhes foram muito mais bem exploradas, de forma que foi o filme mais fiel ao livro de todos. E ainda assim, faltaram alguns pormenores. Então, eu discordo de algumas pessoas, incluindo a Isabela, quando dizem que o filme teve muita “encheção de lingüiça”. O que, em minha opinião, não é verdade. O diretor simplesmente matou dois coelhos, o de ganhar mais com o filme, aí sim eu concordo com a Isabela, mas também de acrescentar detalhes que não existiriam, caso o filme não tivesse sido dividido em duas partes. E para os fãs do livro, esses detalhes são imprescindíveis.

Um ponto a mais do filme foi o amadurecimento dos atores. É de impressionar o crescimento que os protagonistas tiveram ao longo dos sete filmes. Como atores mirins deram conta do recado, mas via-se de longe que eram estreantes. Ao longo das sequências, os atores, com destaque para o Daniel, a Emma e o Rupert, mostraram que fizeram jus ao papel, porque se dedicaram de verdade para incorporar os personagens. Gostei porque do início ao fim, não houve mudanças significativas de atores. E nos dois últimos dois filmes, os atores mostraram uma naturalidade impressionante ao interpretar seus papéis.

Mas falando especificamente do filme agora. A criadora da história, J. K. Rohling, fez Harry Potter agradar todos os públicos. E foi enriquecendo aos poucos a saga até que ficou longe de ser um gênero infantil. Em Relíquias da Morte, os personagens enfrentaram muitos perigos, muito além do que já tinham enfrentado nos filmes anteriores. Teve muita ação, incrementadas com efeitos impressionantes, picos de emoção que fizeram o público vivenciar a história e deixaram os fãs muito ansiosos para ver o grand finale da história. É difícil comparar Relíquias da Morte – parte 1 aos outros, porque todos têm seu brilho, e são peculiares, distintos, porque um continua o outro, não haveria como serem prolixos ou repetitivos. E aí, ponto para a autora que criou uma história fascinante, sem furos e instigante do início ao fim. Receio afirmar com certeza, mas arrisco dizer que Relíquias da Morte tem tudo para ser o melhor da saga. Vamos esperar o próximo e daremos nosso parecer.

Minha nota: 10,0

Reflexão Literária: A Bruxa de Portobello

"De alguma maneira que não posso entender, a alegria é contagiosa, como o entusiasmo e o amor. Ou como a tristeza, a depressão, o ódio" (A Bruxa de Portobello, p. 54 - Paulo Coelho).

O que tem a ver a cor do cabelo?

Existe guerra de tudo, não é mesmo? Existe guerra entre países, guerra religiosa, guerra política, guerra dos sexos e uma das mais absurdas das guerras: a guerra dos cabelos. Quê? É verdade, a sociedade e, em especial, a mídia criaram um estereótipo tão apurado em relação à cor do cabelo que é de dar nos nervos. Veja os filmes por exemplo. A loira e a morena estão sempre competindo. Nos filmes infantis ou de adolescente mesmo sempre existe uma competição acirrada do bem contra o mal geralmente representada por um loira e uma morena. Daí varia, mas geralmente nos desenhos, as morenas são as feiosas, astutas e maldosas; e as loiras são as inocentes, lindas e bondosas. Nos filmes, geralmente a figura do bem é representada por uma morena inteligente e discretamente bonita, e as maldosas são as loiras burrinhas e patricinhas. Fico tão irritada com tais clichês que sempre que vejo um filme desses me pergunto: que relação a cor do cabelo tem com o caráter da pessoa? Se alguém souber, por favor me explique. Conheço mulheres de todo o tipo de caráter e não consigo relacioná-lo de jeito nenhum à cor do cabelo. As ruivas são menos instigadas a essa competição, sorte delas. Então, vamos parar com isso, por favor! Sou como mãe de um monte de adolescentes, tanto loiras como morenas, e vejo que essa disputa está ficando cada vez mais tão encorajada, começando, claro, pela mídia, que eu vejo um monte de meninas crescer com complexos ridículos e infundados. Chega né? Repito pela milésima vez aqui no blog: chega de comparações e competições. Todas as pessoas têm sua beleza, seus talentos e suas ricas peculiaridades. Vamos gastar tempo com coisas mais construtivas ao invés de passá-lo guerreando para ser mais bonita, mais inteligente, mais sei lá o que dos que os outros. Muitos pensam que competir obsessivamente vai trazer sucesso ou vai levar ao topo de tudo. Grande equívoco!

Seloooooooo

Ihuuuuuuuuuuuuu! Ganhei um selinho bem bacana do amigo do Blog De Tudo um Pouco. Fiquei bem feliz e agradeço muito, afinal, levo meu trabalho no blog muito a sério, por mais que não poste todos os dias. E reconhecimento anima muito. Indico os seguintes:

1. http://garotait.com.br
2. http://ideiassud.blogspot.com/
3. http://claquetedez.blogspot.com/
4. http://blogdemaeefilha.blogspot.com/
5. http://magalices.blogspot.com/
6. http://www.tocadowilliam.com/
7. http://www.geloemmarte.com/
8. http://resenhafilme.blogspot.com/
9. http://cinemeirosnews.blogspot.com/
10. http://mariela-mae-coruja.blogspot.com/

Beijossssssss

Resenha Crítica de Livro: Pequena Abelha

Comentei no post anterior que sábado tivemos mais uma reunião do Clube do Livro, a última do ano. E demos os pareceres a respeito do livro que lemos em novembro Pequena Abelha (Chris Cleave), sobre o qual está sendo produzido um filme, estrelado por Nicole Kidman. Na sinopse do livro, exposta na contra-capa, o autor e demais colaboradores pedem encarecidamente que a história não seja revelada antes que o livro seja lido, porque ela é especial demais. Por conta disso, eu não vou explorar demais os detalhes para respeitar essa espécie de "corrente" que o livro provocou. Mas alguns pequenos aspectos creio que não seja problema algum que eu revele.

Por exemplo, que o enredo se baseia na vida distinta de duas mulheres que se encontraram por acaso, e que por força de circunstâncias dramáticas, ocorridas em um dia, acabaram por fazer parte uma da vida da outra de forma tão familiar e íntima que acabaram mudando seus futuros para sempre. Também posso revelar que se trata de uma história que tematiza um problema social desconhecido ou por alguns quem sabe até conhecido, mas ignorado. E posso também descrever um pouquinho da personalidade das protagonistas. Abelhinha, menina em quem a história toda se baseia, é alheia ao mundo contemporâneo, porque viveu grande parte de sua vida em uma área isolada da Nigéria, a área em que a felicidade do povo se traduz principalmente nas brincadeiras ingênuas, parecidas com as que éramos acostumados a escutar de nossos avós, contato total com a natureza, isolamento total de televisão, livros e muito mais internet. Quem sabe um rádio velho, nada muito além. Sarah, ao contrário, jornalista de uma grande revista, classe alta, totalmente ligada a todas as modernidades possíveis. Mãe de um menino sapequinha de quatro anos, que jura ser o Batman, e insegura em quase todos os aspectos da vida. Não tem muito claro o que quer da vida, por isso toma decisões meio precipitadas. Mas tem um aspecto muito claro, é idealista, só que tão acostumada com o mundo que escolheu, não tem muita coragem de mudar seu estilo para encarar o que de fato gosta. Exceto por uma escolha rídicula que fez, Sarah tem praticamente todas as qualidade que eu gostaria de ter.

O livro é muito bom, bem escrito, empolgante e cativante. Só é triste demais, e um cadinho pesado e exposto, em vários aspectos. Mas creio que sejam características necessárias para a intenção do autor, que é chamar a atenção dos leitores para uma realidade tão distante de todos nós, mas que indiretamente nos afeta, sem percebermos ou até mesmo, como é o meu caso, sem sabermos.

Minha Nota: 8,0

Terceiro Encontro do Clube do Livro de Tubarão

Sábado foi dia de mais uma reuniãozinha do clube do livro. Foi a terceira e mais divertida, com certeza, porque todos os participantes estiveram presentes. Fato inédito! hehehe... Ganhei do meu amigo secreto o livro tudo de bom do Augusto Cury, Pais Brilhantes Professores Fascinantes. Agora o novo livro a ser lido vai ser o gigantesco e super renomado A Batalha do Apocalipse - Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo. Estou louca para que o livro chegue. Demos um tempinho para o povo lê-lo porque ele tem quase 600 páginas. De modo que só voltaremos a nos encontrar em fevereiro.

Peguei as fotos emprestadas do blog da Kellen. Fiquem de olho no blog de nós duas, porque daqui a pouco vamos pôr nossas resenhas sobre o livro Pequena Abelha, que lemos em novembro. E que agradou pra caramba.

Espia lá.

Resenha Crítica de Filme: Jumanji

Quer conhecer uma de minhas características? Detesto silêncio absoluto (exceto à noite, claro). Durante o dia, enquanto faço minhas atividades, preciso ouvir música ou deixar um filminho rolando na TV, mesmo que eu não assista nenhum minuto. Música e filmes, duas de minhas paixões, dois companheiros íntimos e compreensivos para toda hora. Ontem, nessa doideira do dia, deixei em um dos canais do Telecine da TV a cabo, que adquirimos há pouco tempo, e que está me agradando bastante. Só não digo qual é a empresa pra não fazer comercial gratuito... rsrsrsrsr. Mas de qualquer jeito, ontem foi exibido um de meus filmes preferidos de infância, que me traz lembranças bem doces. Primeiro, porque a primeira vez que o vi foi numa Páscoa; segundo, porque foi numa época bem tranquila e feliz da minha vida; terceiro, porque traz no elenco dois de meus atores preferidos; e quarto, e que mais pesa, é porque o filme é bom mesmo.


Bonnie Hunt e Robin Williams (os tais atores preferidos) incrementaram consideravelmente a história fabulosa de duas crianças que se meteram numa encrenca danada depois que acharam um jogo mágico de tabuleiro. Estou falando do clássico Jumanji, que não foi assim tão aclamado, mas ficou na história, especialmente para as crianças. Não achava necessária a sinopse do filme aqui, mas como ele é antigo (1995), vale dar uma pequena lembrada, ou esclarecida para aqueles que ainda não assistiram. Dois jovens, Alan e Sarah, fadados a uma história romântica, ficam aturdidos com um jogo de tabuleiro antiquíssimo. Mas o menino recebe a punição de ficar preso em Jumanji, que é um tipo de selva cheia de perigos, até que outro jogador tire um número determinado no dado. Só que o coitado fica preso por um bocado de tempo, já que Sarah fica chocada com o que lhe acontece e desiste de continuar. Somente anos depois, outras duas crianças, Peter e Judy, encontram o tabuleiro e libertam Alan. O jogo não pode continuar sem um dos participantes, então, outro desafio: convencer Sarah a voltar. Desafio porque participar do jogo Jumanji foi a pior coisa que lhe aconteceu na vida. A partir daí, aventuras extraordinárias assolam a pequena cidade em que vivem, mas, pelo menos, permitem que Sarah e Alan finalizem o jogo e reparem suas vidas.


Apesar de ser um filme cheio de aventuras, mais classificado como infantil, a história aborda, com menos ênfase é claro, um tema bastante adulto, os problemas afetivos entre pais e filhos, o que rende uma boa reflexão. Não li o livro, mas o filme deu conta de agradar. Está na minha lista de preferidos com certeza. E a nota é óbvia:

Minha Nota: 10,0


Reflexão Literária: Pequena Abelha

"(...) acho que eu olhava para o futuro em que meu filho teria de viver e percebia que reclamar desse futuro talvez não fosse a estratégia mais construtiva" (Pequena Abelha, p. 158 - Chris Cleave).

Reflexão de Sarah no livro Pequena Abelha, depois de uma discussão que teve com o marido, jornalista que, segundo ela, escrevia sobre assuntos melancólicos demais. Concordo plenamente com Sarah. Embora ela não seja o modelo de mulher que eu deseja seguir, sou da mesma opinião, de que se não olharmos para os pontos positivos da vida, nós mesmo e, pior, nossos filhos vão ter um futuro infeliz e inseguro demais.

Frutas do verão

É tão esquisito para mim escutar de alguém que o inverno é a melhor estação do ano. Fico extasiada quando escuto no jornal o apresentador meteorologista dizer que "esta será a última frente fria do ano", e daí o sol começa a bater a manhã toda no meu apartamento e a primavera dá as caras, tirando o povo de casa, os animais das tocas e trazendo as primeiras flores da estação. Não consigo equiparar as vantagens da primavera e verão com as do outono e inverno. Sei que as duas últimas também são necessárias e importantes, mas, tirando o fato de as roupas pesadas do frio esconderem nossas imperfeições físicas, nada mais me atrai em congelar, em não poder abrir as janelas e deixar a luz do sol entrar, em estar sempre com as roupas fedendo a mofo, e o pior, passar metade do ano tomando remédio disso e daquilo. Ficou claro que o é do calor que eu gosto, né?

E é no calor que quase todo mundo, em especial as mulheres, corre contra o tempo pra ficar esbelto. Daí outra vantagem do verão, é nesta estação que as frutas mais suculentas, mais gostosas e mais nutritivas (opinião) aparecem para deixar a estação refrescante e ainda mais agradável. Tendo um agrônomo em casa, a gente acaba aprendendo um pouco sobre a qualidade das frutas, mesmo que ele não seja tão fã de consumi-las quanto é de estudá-las. Mas vamos abafar isso. O caso é que resolvi citar os valores nutricionais de algumas frutas do verão. Vamos começar pela minha preferidinha:


Melancia: o bom da gordinha, é que de gorda ela não tem nada. É só água praticamente. Além de rica em líquido, que ajuda muuuuito nas dietas, é também em vitaminas A, C e do complexo B, e também ajuda na prevenção do câncer e do envelhecimento. O máximo é que só contém 300 calorias em um quilo da fruta. Imagina você se empanturrar de um quilo de melancia e não engordar nem o equivalente a um prato pequeno de arroz.


Manga: em segundo lugar na minha preferência. Só que, ao contrário da melancia, é uma frutinha bem calórica. Aliás, uma das mais calóricas, porque é bem cheia de açúcar. Mas é muito rica em vitaminas e fibra. E deliciosa, por sinal. A fruta ajuda no combate à bronquite, é expectorante e alivia azia e acidez estomacal.


Melão: é da mesma família da melancia, e tem quase os mesmos valores nutricionais, só que não é tão gostosa.


Pêssego: outra tentação! Também tem pouca caloria (100 para 200g. da fruta) e ajuda o intestino a trabalhar melhor, a pele a rejuvenescer e combate o reumatismo. Rico em vitamina A, C e do complexo B.


Acerola: é toda poderosa, uma das mais ricas em vitamina C, mais do que as frutas cítricas. Eu que amo fruta azeda, como acerola sem parar. Além disso, é bem pouco calórica também. Só tem uma caloria por frutinha.


Goiaba: o fruto só começa a aparecer lá em meados de fevereiro. Mas é uma delícia e bem nutritiva. Ajuda no bom funcionamento do intestino, mas ela pode prendê-lo se consumida em excesso. Eu que o diga!

As informações desta matéria foram coletadas dos seguintes sites:


http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/as-calorias-das-frutas.php
http://www.copacabanarunners.net/calorias-alimentos.html
http://www.dietaesaude.org/tabela-calorias-frutas.php
http://www.frutasnobrasil.com/propriedades_goiaba.html
http://andreiatorres.blogspot.com/2007/12/frutas-do-vero.html
http://www.todafruta.com.br/portal/icNoticiaAberta.asp?idNoticia=6297

Selinho


Ganhei esse selinho bem bacana da Marta, que tem um blog bem lindo e cheio de brindes. Obrigada, flor!

Bom, os meus selos vão para:

1. http://medicinepractises.blogspot.com/
4. edgardshigenaga.blogspot.com

As regras são as seguintes: o ganhador do selo deverá repassar e avisar aos seguidores (5 escolhidos), e deverá citar com link a pessoa que lhe presenteou... Isso para não quebrar a corrente!

As ramificações do orgulho

Não sou especialista em sentimentos ou em desvendar os mistérios da emoção, mas algumas coisas ficam um tanto batidas quando se faz terapia, como por exemplo, reconhecer as maneiras de como o orgulho pode se apresentar. Uma das coisas que constatei neste ano, trabalhando com a minha psicóloga, foi que a maioria dos sentimentos negativos que carregamos em nosso coraçãozinho problemático, lá bem no fundo, tem como raiz o orgulho. Não que ela tenha dito com essas palavras, mas foi o que, por conta própria, acabei por aprender. O orgulhoso tem todos os sentimentos listados abaixo. Um ou outro é mais notório. Mas pouco ou muito, todos eles acabam aparecendo no orgulhoso. Bom, em maior ou menor grau, sinceramente, não sei se já conheci alguém que não tivesse nem um pouquinho sequer de orgulho.

Agora vamos lá. De que forma esse sentimento tão desgostado, mas também tão atado à nossa personalidade, mostra-se presente? Ah, mas vamos deixar claro que não falo aqui a respeito do orgulho no sentido de sentimentos de satisfação por um objetivo alcançado ou por um talento ou atributo, falo a respeito do orgulho em excesso, que se torna, muitas vezes, uma baita pedra no sapato, sem ao menos percebermos. O orgulho muitas vezes é considerado sinônimo da soberba, mas minha mera opinião diz que a soberba é um dos "ramos" do orgulho, já que é o a mais aparente deles. Creio que o sentido da palavra soberba seja mesmo mais comparável ao da palavra arrogância. Então vamos começar por ela:

1. Arrogância ou Soberba: é o ramo do orgulho que mais detesto, embora hoje tenha mais tolerância a ele. É quando o indivíduo crê de todo o coração que é melhor do que os outros, ou que é mais sábio, mais inteligente, mais bonito, ou que faz mais bem à humanidade do que qualquer outra pessoa de seu convívio. Uma coisa é se considerar sábio, inteligente, bonito. Outra, bem diferente, é defender com unhas e dentes que essas qualidades o tornam superiores aos outros. Agora uma coisa: se você, por exemplo, acha-se bonito e lhe perguntam sobre isso, dizer a verdade, que, sim, você se acha bonito, não é arrogância. "Sou bonito" e ponto, sem comparação. Ao invés de "sou o mais bonitão do pedaço". A arrogância só existe quando você acha que a sua beleza, sua inteligência, ou sua pessoa, de um modo geral, transcende a dos outros, ou de alguém específico.

2. Rixa: vem seguida da arrogância, porque alguém que se considere superior vai estar sempre competindo com os outros para poder estar à frente. Vai tentar superá-los em tudo, e aí vem a frustração, porque sempre acharemos alguém que vai ser melhor do que nós em alguma coisa. Se eu pretendo ser a mulher mais inteligente do mundo, vou lutar dia e noite para superar os outros, em especial os mais próximos, naquilo que mostre minha capacidade intelectual, mas na realidade, sempre vou acabar encontrando pessoas com mais inteligência do que eu. Sempre! A verdade mesmo é que não há exatamente como medir esse tipo de coisa, porque eu posso ser mais inteligente do que alguém visado em matemática, por exemplo, mas ela com certeza vai ser mais inteligente do que eu em algum outro aspecto, em artes ou em línguas, ou seja lá no que. O caso é que eu sempre vou tentar correr para chegar à frente, mas nunca vou conseguir, porque cada um tem seus talentos e suas aptidões, e é isso que torna cada um especial de modo distinto. Competir, senão para ganhar um campeonato esportivo ou por diversão, é pura bucha, pois vai trazer a cada "vitória" uma imediata "derrota".

3. Inveja: fica juntinha com a rixa, porque ao tentar superar alguém, vou perceber qualidades nessa pessoa que eu não tenho, aí vou invejá-la e tentar superá-la nessas também. É o famoso círculo vicioso. Invejo alguém e crio uma rixa com ela. Daí vou lutar para superá-la, mas vou perceber que em outros aspectos ela é melhor, daí vou tentar superá-la de novo... e por aí vai. Sentimento danado este.

4. Complexo de Inferioridade: contraditório? Que nada! O invejoso se acha inferior àquele a quem tenta superar. Com certeza! E vai se achar sempre que perceber nos outros algo que gostaria de ter.

5. Egoísmo e egocentrismo: quando alguém quer tudo para si e acha que o mundo gira em torno do seu umbiguinho. Digo que ambos os sentimentos são unidos aos outros por uma cordinha fina, porque pode aparecer de forma sutil, escondido dos itens anteriores, ou de forma bem clara, superando-os. Acho que nunca vi alguém demonstrar tanto seu egoísmo quanto demonstra a rixa, a inveja ou a arrogância. Sei lá, opinião. Mas de qualquer forma, acaba se relacionando com os outros, pois o orgulhoso quer a glória ou as conquistas só para si.

Que mais? Bom, existem inúmeras outras desagradáveis consequências quando uma pessoa possui um orgulho excessivo. Mas creio que sejam mesmo só consequências. Uma pessoa pode se tornar desonesta por querer obter muito dinheiro. Ou pode acabar sendo maldosa para acabar com alguém que inveje, difamando-a, quem sabe. Pode ainda se tornar ignorante para humilhar os outros e mostrar sua suposta superioridade. Enfim, muito pode acontecer com o orgulhoso, porque o orgulho se apresenta de modo diferente para cada um. Alguns têm mais domínio sobre ele. Mas pode acontecer também de o orgulho ter mais domínio sobre a pessoa que o possui. O negócio é o seguinte: todo mundo é orgulhoso, creio eu, mas temos maneiras bem diversas para tentar superar esse sentimentozinho chato. Procurar ajuda psicológica e tentar imitar Jesus Cristo são as mais eficientes, pelo menos pra mim.

Ah! A inferioridade pode aparecer desvinculada de quaisquer outros sentimentos, quando alguém é por demais maltratado, humilhado, criticado ou ignorado. Daí é complicado mesmo. Acho que nesse caso a pessoa não possui orgulho, mas sim um ódio de si mesma bem complicado de superar. Nossa! Que rolo tudo isso, né? Só santo mesmo para não ter raiva de si mesmo e também nem um pouco de orgulho. Por isso que digo, acho que nunca conheci ninguém que não fosse orgulhoso ou não estivesse na pindaíba de tão maltratado. Socorroooooooooo! Já me disseram o segredo: "não tentar ser o melhor, mas fazer o melhor que puder, sem querer superar ninguém, exceto a si mesmo", legal, né? Está aí. Fazer o máximo que pudermos, mas sem visar o nosso sucesso em cima do fracasso dos outros. O nosso sucesso só vale de verdade se for para superarmos a nós mesmos, senão seremos competidores a vida inteira.

Reflexão Literária: O Caçador de Pipas

"(...) Existe apenas um pecado, um só. E esse pecado é roubar. Qualquer outro é simplesmente variação do roubo. (...) Quando você mata um homem, está roubando uma vida, (...) está roubando da esposa o direito de ter um marido, roubando dos filhos um pai. Quando mente está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando trapaceia está roubando o direito à justiça".

Proferido pelo pai de Amir, quando dava ao filho a opinião a respeito do significado de roubar (O Caçador de Pipas,  páginas 25 e 26).

Resenha Crítica de Livro: O Caçador de Pipas

A grandiosidade da literatura está no fato de vivenciarmos a história como se ela fizesse parte de nossa vida. Não interessa qual seja o gênero, desde que seja interessante, nós colocamos as vestes dos personagens e nos prendemos de verdade ao enredo, temos a empatia necessária para tornar a história fantástica e fazermos dela um pedaço da nossa. Assisti ao filme Caçador de Pipas no cinema, ainda em 2008, e na época fiquei encantada e extremamente emocionada. Mas não se compara com o que senti recentemente quando li o livro. Muito mais recheado de detalhes, muito mais transponível para ensinar lições de vida, muito mais expressivo para fazer com que o leitor sinta verdadeira comoção pelos dramas dos personagens.

O futuro do presente... o presente do passado... e quantas eus existem pelo universo afora

Já comentei em outro post do blog sobre a teoria da viagem ao tempo, quando fiz uma crítica ao livro Operação cavalo de Troia. E a verdade é que há algum tempo venho me interessando demais pela possiblidade, real ou não, de visitarmos o passado e o futuro. Aliado a essa, por enquanto, teoria, discute-se outra hipótese, a de existirem universos paralelos.

No cinema, creio que ambas as questões começaram a acerretar discussões depois da trilogia fantástica De Volta para o Futuro, em que uma pequena alteração do passado mudou todo o futuro do mundinho de Marty. Em Efeito Borboleta o tema principal também se baseou nas consequências de nossas escolhas, e Evan, com o poder sobrenatural de voltar ao seu passado, através de seus diários, mostrou a quantas realidades diferentes estava sujeito quando retrocedia a um ponto determinado de sua vida e fazia uma escolha diferente. Depois que voltava ao presente, tudo estava diferente, tanto com ele, quanto com as pessoas com quem era envolvido. No filme Déjà Vu, uma tecnologia de última geração permitiu que o agente Doug mudasse um fato ocorrido quatro dias antes. Daí me pergunto, será que essa hipótese de viagem ao tempo já pode ser conjeturada de fato?

Voltar ao passado, mudando detalhes que fariam imensas diferenças lá na frente. Conhecer o que nos espera, com base nas nossas escolhas atuais. Viajar no tempo, mesmo que só em pensamento, permite-nos imaginar milhões de fatos que estaríamos vivendo, com base na escolha de dois caminhos, a cada segundo de nossas vidas. Em universos paralelos, eu teria escolhido outras profissões, esperado mais tempo para casar, teria mais de um filho, teria pintado meu cabelo de acaju. As possibilidades são infinitas. Essa é a graça da teoria do Universo Paralelo. Em mundos distantes e em outras dimensões, existem zilhões de "eus" fazendo escolhas e vivendo vidas diferentes das que esta Márcia está vivendo agora, aqui. Se em algum ponto da minha vida eu tivesse tomado outra decisão, quem sabe não estaria aqui escrevendo, estaria bordando.


Aí podemos ver que a teoria do universo paralelo está estritamente ligada à viagem ao tempo. Em De Volta para o Futuro, Marty mudou todo o seu futuro simplesmente por ter salvado seu pai do atropelamento que sofreu na história "original". Em Efeito Borboleta, o pobre Evan era muito azarado, nenhuma de suas escolhas foi de fato a melhor, entrando em outra discussão, a de que existe um destino. Mesma discussão levantada em A Máquina do Tempo. Bom, em destino eu não acredito. Concordo aí, com a minha psicóloga, que diz que nossas vidas estão alinhavadas, mas não determinadas.

Já questionei diversas pessoas com respeito à questão da viagem ao tempo, e já obtive milhares de repostas, milhares também nem tanto, mas em todo caso aqui vão as duas que mais ouvi, obviamente, com variações: "a Nasa está escondendo a tecnologia de viagem ao tempo, mas ela já foi criada há muitos anos" e "a teoria de viagem no tempo é uma bobagem inventada pelo ser humano para criar a ilusão de que pode mudar os erros do passado, mas o que foi não volta mais". E agora? Minha mera opinião é a de que nada é impossível, e que, sim, a viagem ao tempo PODE existir, mas ela não vai ser manipulada por qualquer pangaré, não. Vou deixar minha resposta bem vaga, porque não quero ficar falando muita bobagem. Quero simplesmente imaginar o que os outros "eus" estão fazendo agora, e o que poderia mudar no meu passado caso tivesse a possibilidade de fazê-lo? E você, o que acha? Só sei que é um assunto que funde a cabeça e nos faz viajar, não pelo tempo, mas na maionese.

"O simples vôo de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo (Teoria do Caos)"

Mencionada no filme Efeito Borboleta

Resenha Crítica de Filme: Trilogia "Olha quem está Falando"


Dias atrás assisti ao velhaco Olha Quem Está Falando, primeiro filme dos três lançado em 1989, e fiquei emocionada, apesar de a história caminhar o tempo em direção a risadas. Só para começar, a trilogia mostra John Travolta no seu verdadeiro estilo, o de comediante. Não consigo engoli-lo como vilão, e consigo vê-lo um pouco em papéis dramáticos, como em Fenômeno, mas seu brilhantismo ocorre mesmo em comédias. E, não sei se aconteceu com outras pessoas, mas comigo, o ator ganhou uma estatueta mesmo fazendo o papel do taxista que se apaixona pela mulher grávida e faz de tudo para conquistá-la, terminando por representar a figura paterna do pequeno, de onde nasce o amor mútuo entre pai e filho.

Mas afinal, por que eu me emocionei então? Porque o filme me remeteu à velha infância, velha mesmo, e me levou às mesmas gargalhadas (misturadas às lágrimas disfarçadas) que me deixavam tão felizes. Assisti ao filme no cinema, um dos primeiros que vi na telona. É certo que dormi lá pelas tantas, afinal, eu tinha somente quatro ou cinco anos no máximo, mas em casa pude revê-lo milhares de vezes, sem que a história jamais perdesse a graça. O que me dizem? Concordam comigo? Pergunto aos nascidos na década de 80, por favor, não me venha alguém nascido depois de 1990 criticar o filme que eu viro uma fera... rsrsrs... brincadeirinha! Gosto é gosto. Mas apesar disso não consigo entender os desagradados. Hoje mesmo li a crítica de uma menina dizendo que o filme é "legalzinho", mas que para o ano está de bom tamanho. Ah, por favor! Claro que a trilogia não foge às regras. O primeiro é fantástico. O segundo, muito divertido, mas não chega nem aos pés, não, não, nem à cintura, para não exagerar tanto, do primeiro. E o terceiro tem partes muito divertidas, gostei bastante na primeira vez que vi, mas já fica um tantinho forçado em relação aos primeiros.

Ah, não posso deixar de mencionar que este é um dos poucos filmes a que valem à pena de verdade assistir na versão dublada. O dublador do bebê na versão original é o Bruce Willis, e o mesmo dublador no Brasil que faz oficialmente as dublagens do Bruce, fez a do bebê. Só posso dizer que ficou fantástico. Como não existe trailer legendado disponível, não que eu conheça pelo menos, vou colocar um trechinho do filme para você dar uma olhadinha. E um trailer na versão original.

Minha nota para o primeiro: 10,0
Minha nota para o segundo: 9,0
Minha nota para o terceiro: 8,0


Cidade pequena e modesta com um espaço de lazer de primeiro mundo

Museu municipal de Caçador
Uma raridade interessante aqui. Uma ponte velha e bonitinha acolá. Essa era a definição generalizada da minha cidade natal, que nunca teve lá muitos atrativos. Era, aliás, um lugar bem chato e pacato, e as únicas atividades saudáveis que me atraíam, exceto jogar baralho com meu pai, era passear a pezão para ver alguns gatinhos. Mas como eu nunca fui fã de boates e encontros sociais, a minha felicidade em morar em Caçador - SC se limitava unicamente à doce casa do meu pai, que até hoje me dá uma sensação de tranquilidade só de sentir o cheiro quando atravesso a porta de entrada. Sempre critiquei os materialistas demais, mas não posso negar que por aquela casa, até alguns anos atrás, eu voltaria a morar em Caçador. Hoje não pretendo voltar meeeeeeeeeeesmo pra lá. Mas não é sobre meus desejos de habitação que escrevo hoje. E sim, sobre uma ideia que se materializou e valorizou Caçador no mínimo 50%. Falo do Parque Central construído em 2009 pelo governo municipal atual. Não sou partidária. Qualquer um sabe disso. Mas tenho que tirar o chapéu para a prefeitura da cidade por ter idealizado uma obra tão magnífica.

Quem conhece Caçador se lembra muito bem daquele gigantesco terreno vazio (não sei se era baldio ou não) em frente à rodoviária. Abandonado há sei lá quantos anos, no mínimo 25, e que servia só como atalho para o centro da cidade. Pois é, ele não existe mais, porque agora se tornou o principal ponto turístico do município. O parque se assemelha muito ao Parque do Bacacheri de Curitiba, a respeito do qual já fiz um post há mais de um ano. Há espaço para caminhada, para ciclismo, quadras de esporte, equipamentos de ginástica, parques infantis e um monte de outras coisas bacanas que, francamente, não me lembro de ter visto em outra cidade do porte de Caçador. Meu pai continua elogiando o parque até hoje, "esse bando de adolescente não está mais largado por aí se drogando, agora eles vêm conversar e aproveitar o tempo jogando uma bolinha aqui", disse mais ou menos isso... hehehehe... Mas ele tem razão, sem dúvida é um empreendimento que não vai cansar a população, e eu, realmente, gostaria muito que o prefeito de Tubarão copiasse a ideia. Seria fantástico aproveitar os espaços inutilizados da minha nova cidade para fazer algo desse nipe. Não tenho dúvida de que Tubarão seria uma cidade ainda mais gostosa caso uma obra assim fosse construída também.

Fonte: Site do governo do estado. Outras fotos do parque também estão disponíveis abaixo ou no link.

Resenha Crítica de Livro: A Escrava Isaura e o Vampiro

Mês de outubro foi a estreia do Clube do Livro aqui de Tubarão, idealizado pelas grandes Karen Novochdlo e Kellen Baesso. Fantástico porque, além de encontrar antigos amigos, conhecer novos e bater um papinho para descontrair, temos uma ótima desculpa para sustentar o vício da leitura e o da compra de livros. O problema é quando o livro é chato, como foi o caso do primeiro A Escrava Isaura e o Vampiro, comédia de Jovane Nunes.


Comentei com uma das integrantes do clube que eu estava receosa de ser sincera e dizer o que eu realmente havia achado do livro, porque acreditava que minha opinião não se assemelharia à dos outros, e eu pareceria ridícula. Mas ao longo da conversa, percebemos que o livro não agradou muito o povo todo mesmo.

Mas antes de citar os podres, prefiro listar os poucos pontos positivos da obra. O autor conseguiu me atrair um pouco pelas críticas satirizadas aos problemas do Brasil. Conseguiu me fazer achar um pouco de graça nos problemas políticos e sociais do nosso país. Alguns trechos também foram bem bolados e até me arrancaram pequenos risos. Acho que pontos positivos se limitam a isso.

Então, o que dizer sobre o que me desagradou na história? Primeiro, comédia por si só não é meu estilo literário e cinematográfico preferido, mas ainda assim, existem algumas que são aproveitáveis. Não é o caso desta em questão, apesar de, como falei anteriormente, alguns trechos serem exceções. Mas de um modo geral, a obra perece aquelas comédias americanas forçadas, como por exemplo Todo Mundo em Pânico, ou ainda, um exemplo nacional mesmo, Zorra Total, quem sabe por ser o autor roteirista de alguns dos quadros do programa. As piadas do livro são cheias de clichês, forçadas e sem a menor criatividade. Há apelação sexual demais e tudo fora do contexto. E o pior, não consegui contar quantos erros gramaticais havia na obra. Achei incrível erros tão gritantes terem passado despercebidos pelos revisores. Vou tentar vender o livro em algum sebo. Embora minha crítica esteja denegrindo tanto a imagem da obra que dificilmente eu vá conseguir passá-la para a frente... hehehehe

Minha Nota: 4,0

...

Feriadão é sempre aproveitável, por mais que a gente se incomode de vez em quando. Semana passada por exemplo, revi minha querida amiga Mari, na casa de quem tive o privilégio de ler a seguinte citação:

'Com mãos irrefletidas e impacientes, embaraçamos os planos que o Senhor criou. E, quando choramos de dor, Ele diz: “Fique quieto, homem, enquanto eu desfaço o nó”'.

(Citação do Apóstolo Boyd K. Packer em discurso proferido em outubro de 2009)

Leia o discurso completo aqui.

Resenha Crítica de Livro: Harry Potter

Sem comparações, ok? Não pretendo falar de Harry Potter comparando-o a nenhuma outra história. Sei que por aí, ao analisar uma grande obra, os críticos levam em consideração o sucesso de outras, mas eu gosto de analisá-las individualmente, e não como se estivessem em um pista de corrida. Já ouvi muita gente comparar a história de Rowling ao de Senhor do Anéis, Crepúsculo ou Percy Jackson, mas para mim essas comparações são ridículas, pois são todas histórias fantásticas e não sei se os autores passaram essas ideias para o papel tendo como foco superar outras grandes obras. Quando o objetivo de um escritor ou roteirista é fazer uma história que supere outra, geralmente ela fica uma grande porcaria, porque não é pela verdadeira essência que ele está trabalhando, a de transcrever suas ideias em um papel por amor a esse trabalho, mas sim pelo lucro, sucesso e superação do concorrente. Para começo de conversa, um grande escritor não enxerga outros escritores como concorrentes, e sim como colegas, que compartilham uma mesma paixão. Hoje em dia estamos cercados de profissionais, e aí eu não me refiro a escritores apenas, que visam acima de tudo ao sucesso comercial, reforçando cada vez mais as desvantagens do capitalismo. Chega disso! Quero ler mais Meyers, Rowlings, Lewis, Cabots e, vamos valorizar nossos escritores, Coelhos, Alencares, Lobatos e Assises da vida, pessoas com mentes brilhantes que vieram à luz por talento.


Terminei, por fim, de ler a história do bruxinho que ganhou uma fama imensurável, tanto entre, nós, meros trouxas, quanto entre os bruxos. Mas até agora o término dessa história fascinante não foi digerida. Sei que estou para trás dos grandes fãs do Harry e cia. limitada, porque já terminei a leitura tarde demais, mas não importa, cedo ou tarde, mergulhei na história fantástica e por fim entendi por que a J.K. é tão admirável, e por que sua criatividade, tão invejável. De fato, nenhuma história se compara ao que aconteceu nos sete livros que contaram o breve período dos onze aos dezessete anos da vida de Harry Potter. É certo que algumas historinhas de bruxos já estão mais do que manjadas. Mas elas não incluem a história criada e narrada por J.K. Rowling. Desde a primeira história, e com uma evolução incrível a cada novo livro, a autora conseguiu criar um enredo totalmente original, surpreendente e empolgante. Vou dizer que consegui mesmo me desligar da turma do Harry somente uns dez dias depois que terminei de ler o último livro, e não preciso nem comentar, para os que me conhecem, que chorei que nem uma criança com o desfecho. Vamu lá, J.K., bota a cabeça para funcionar e vamos dar um jeito de colocar mais aventuras na vida das famílias Potter e Weasley.

Certo! Mas não vou me alongar muito na rasgação de seda. Quero comentar sobre o último livro de Harry e tudo o que promete para a primeira parte do fim dessa história incrível. Harry está revoltadão com a morte de Dumbledore, e agora mais inseguro do que jamais esteve na vida, já que o único homem temido por Voldemort está morto. Então, para Hogwarts, o Eleito não pode voltar. Então, Harry e seus amigos vão correr atrás de acabar com tudo isso. Não vou contar detalhes, mas vou deixar o trailer e alguns links abaixo para você conferir. Uma coisa eu digo... Aquele safado do Snape... ah, pára né? Acha mesmo que eu vou contar?

Minha Nota: 10,0


Aqui, um site bem bacana sobre os próximos filmes...

Resenha Crítica de Filme: Sete Vidas

Algumas obras, sejam literárias ou cinematográficas, não terminam para o público quando, respectivamente, as últimas palavras são lidas, ou os créditos começam a aparecer. Ao contrário, ficam martelando lições ou simplesmente fazendo-nos lembrar daquelas cenas magníficas que nos tiraram o fôlego e nos fizeram refletir tanto sobre o enredo, equiparando-se à nossa própria realidade muitas vezes. É essa a magia dos livros e dos filmes que me faz amá-los tanto. E quando uma história enfim acaba é como se um pedaço do corpo nos fosse arrancado.


Hoje quero citar o tão falado Sete Vidas, com o Will Smith, que me fez pensar bastante na vida. Não foi nada parecido com o que eu já tinha visto nos cinemas, mas tocou em assuntos bem comuns, entretanto, um tanto insignificantes para a sociedade. Lembrei-me de um amigo que disse uma vez que "se estivéssemos em perigo de nos afogar, não nos preocuparíamos com a água enquanto ela não batesse na bunda", ou seja, enquanto os problemas não nos afetam, eles têm pouca relevância. Foi o caso do Ben (Will Smith), que passou a reparar nos problemas das pessoas depois que um acidente causou sete mortes, incluindo o de sua esposa. Depois de recuperado fisicamente, resolveu tomar uma atitude para ajudar outras sete pessoas que estivessem passando por problemas. Ajudou-as de todas as maneiras que estavam ao seu alcance, dedicando-se ao máximo, em especial a uma mulher (Emily Posa) com sérios problemas cardíacos, de quem se aproximou mais do que esperava. O fim do filme foi um dos mais emocionantes e chocantes que já vi, e me trouxe uma pergunta à mente: quantos de nós, seres humanos, seríamos capazes de fazer isso? Meio vago? Quem assistiu ao filme vai entender.

Achei uma produção barata, mas muito bem feita, a história é magnífica, original, incomparável. O final do filme explica o porquê de ele não ser aconselhável para pessoas depressivas. Mas apesar de piegas, a lição nos dá um tapa na cara e nos faz pensar que a vida, os amigos, a família e cada bem de dispomos têm que ser valorizados sempre, e não só depois que uma tragédia nos obriga a perceber tal valor.

Minha nota: 9,0

Resenha Crítica de Filme: Percy Jackson e o Ladrão de Raios

Não li o livro e demorei para escrever sobre o filme pela simples razão de que estava martelando como exporia minha opinião sem ser esculachada. Falo do meia-boca Percy Jackson e o Ladrão de Raios. Assisti duas vezes ao filme, até pensei em ler o livro, mas ainda não tive coragem. Diferentemente dos afixionados pela moda, eu prefiro que a história me comova de algum jeito (ou que uma boa promoção apareça) antes de me envolver. Lembra o que falei do Harry Potter? Não era muito fã até que a poeira baixou, no breve período de dois anos entre o lançamento do quinto e do sexto filme. Pensei: "tudo bem, vou ver o que há de tão interessante nesse bando de bruxo". Comprei toda a série e "comi" os livros, compreendendo todo encantamento da história do Harry.


Ok, mas voltando ao Percy (filme). A história até é interessante, mas nada de extraordinário. Ainda assim, eu teria apreciado se não fosse o bando de atores arrogantes como protagonistas. Percy é semi-deus (fisicamente falando, o nome faz jus, porque ele é bem lindinho), filho de Poseidon, deus dos mares, e de mãe humana, mortal. Então, o menino é mortal com poderes e forças extraordinários. Acusado por Zeus, deus dos deuses, de ter roubado um raio, uma arma extremamente letal, o menino vai para uma área de proteção, onde vários jovens semideuses são treinados, mas, depois de perder sua mãe, ele não consegue ficar confinado e corre em busca dela, tendo na cola seu protetor de toda a vida, o sátiro Grover, que até então sempre fingiu ser um amigo com problemas nas pernas, e uma menina bem linda, por quem Percy teve uma queda assim que a viu.

Como já disse, o filme é divertidinho, mas não me deu nem um pingo de vontade de revê-lo. Nada de muita originalidade e os atores me pareceram bem arrogantes. Sei, com certeza, que os livros são melhores, ainda que não os tenha lido, por isso não tirarei o mérito todo do filme, porque posso mudar de ideia depois que conhecer as obras originais. Mas posso dizer que a primeira impressão não foi lá muito agradável. Achei o filme muito cheio de clichês. Os dois amigos e uma menina incrivelmente bonita. Um deles é o herói nato, inteligente, bonitão, líder e intocável. O outro é bobalhão, meio burrinho e mulherengo. Nesta última característica ele se salva porque os sátiros, segundo as lendas, tinham a tendência de estar sempre atrás de mulher. Mas o filme inteiro me trouxe flashes de outros, por causa desse excesso de clichês. Não vou contar detalhes de outros que notei para não estragar nenhuma surpresa do filme, embora ele já esteja obsoleto para uma crítica.

Minha Nota: 7,0

Resenha Crítica de Livro e Cinema: Harry Potter e o Enigma do Príncipe

O meu lado adolescente é apaixonado pela história do sr. Potter. Mas essa paixão não começou há muito tempo, não. Foi depois de ler tantas críticas positivas à história. Confesso que os filmes me atraíram tão pouco, que mal entendia do que se tratava a história e por que afinal o tal bruxinho mais famoso do mundo da magia, e agora dos trouxas também, era tão incrível e tinha conquistado tantos fãs. Depois, mais ou menos como aconteceu com a saga Crepúsculo, comecei a ler os livros e fiquei encantada e tudo se esclareceu.


O penúltimo livro da série, Harry Potter e o Enigma do Príncipe, foi o que menos gostei, mas o que mais me deixou pensativa em relação ao desenrolar da história. O que me desgostou não foi o fato de a história ter sido mal bolada ou nada do gênero, foi o fim do livro. Não vou contar nada para aqueles que ainda não viram o filme não terem vontade de me matar, mas o que aconteceu me deixou inconformada.

Mas e o filme? Bom, como já venho dizendo há tempos que as adaptações são bem diferentes dos livros, não posso deixar de mencionar que em Harry Potter e o Enigma do Príncipe a fidelidade ao enredo original foi pro bueiro. De todos os filmes, posso afirmar resolutamente que o sexto foi o menos fiel ao livro. Muitos detalhes importantes foram modificados e alguns acrescentados. Mas ainda assim, a emoção e a visão central da história foi bem reproduzida. Depois de conseguir digerir o que aconteceu, até posso dizer que gostei. Até porque, o sexto capítulo da história já está deixando vestígios de como tudo vai acabar. Os romances já estão se definindo e o futuro da turma toda parece não estar mais deixando névoas.

Minha Nota ao filme: 8,0

Minha Nota ao Livro: 9,0

Política literalmente suja

Sei que posso me comprometer com o que vou escrever aqui. Sei que um monte de gente vai me xingar, mas não posso ficar calada diante de tal infâmia que vi ontem. O caso é que, por volta das 10 horas da manhã, quando me dirigia à seção eleitoral, vi nas duas quadras em torno da Unisul, milhares e milhares de panfletos e santinhos espalhados pelas ruas, cobrindo e adentrando os bueiros. Não me conformo que isso aconteça. Tantas pessoas estão preocupadas e se esforçando de fato para minimizar a poluição das ruas e dos esgotos e em um dia, acontece uma bábarie dessas. Agora eu pergunto: as pessoas que espalharam esses papéis vão limpar as ruas? Vão tirá-los de dentro dos bueiros para evitar que fiquem entupidos? Duvido muito. Procurei minha candidata à Deputada Federal e, por sorte, não encontrei santinhos dela, porque se tivesse, sem dúvida, teria mudado de ideia na hora.

Fico feliz por saber que minha opinião tem apoio. Encontrei na net vários sites de pessoas que reclamam por essa sujeirada. Olha só.

E aqui também.

Resenha Crítica de Cinema: Eclipse (A Saga Crepúsculo)

Ontem, finalmente, consegui sentar para assistir a Eclipse, o terceiro filme dos Crepúsculo da vida. E tenho que admitir, realmente houve uma mudança considerável em relação aos dois primeiros. Não sei se isso se deve ao fato de um novo diretor ter tomado as rédeas ou se foram as severas críticas ao Lua Nova que forçaram instigaram a produção, e em especial os atores, a tomarem uma atitude para tornar os filmes tão dignos de elogios e críticas positivas quanto os livros. Não chegaram a tanto, mas já estão um pouco mais perto.

Pela minha mera avaliação, o filme nunca é muito fiel aos livros. Não só na saga Crepúsculo, mas em quase todas as adaptações. E em Eclipse não foi diferente. Mas pelo menos a base da história se manteve. A Bella, segura nos braços de Edward, está agora com o coração inseguro, dividido entre o vampiro e o Jacob, e também em sua decisão de se tornar ou não uma vampira. Nesse desenrolar, ela acaba tomando sua decisão em ambos os aspectos, mas até lá, todo mundo sofre, ela e os dois apaixonados. Mas o triângulo amoroso é um probleminha de nada, se comparado com o que Victoria, a vampira enraivecida e cheia de vontade de vingar a morte de seu companheiro James, do primeiro filme, armou para matá-la. Como imã de problema, Bella não poderia ter escapado desta vez. E, sob comando de Victoria e de seu capacho Riley, um bando de vampiros recém-criados, ainda inexperientes e com uma sede incontrolável, vai atrás de Bella e dos Cullen. Uma nova aliança surge entre a família e os lobos, que trabalham em proteção da humana. Isso é que é ser gostosa, hein!

O filme foi o melhor dos três mesmo, como todo mundo vem dizendo. Mas ainda não se compara ao livro. Apesar de Eclipse (o livro) ter sido o que eu menos gostei dos quatro, ainda assim é superior ao filme. Mas, reforço minha opinião, essa é uma regra que se aplica a quase todas as adaptações. Taylor Lautner de fato interpretou muito bem. As expressões de Jake foram muito naturais, muito bem focalizadas, não me pareceu forçação de barra. Só acho que no livro ele é mais sarcástico, o que no filme, em nenhum momento, o ator deixou transparecer da mesma maneira. Mas não sei, pode ser mera opinião. O que dizer sobre Kristen e Robert? O Edward do filme dessa vez chegou perto de parecer com o Edward "de verdade". Suas expressões melhoraram consideravelmente se for comparar com a péssima atuação de Lua Nova. Mas precisamos ser realistas, o Edward está se esforçando muito mais e mostrou dessa vez que tem potencial. Dos três personagens principais, o Edward foi o que ficou mais parecido com o personagem do livro. Jacob interpretou bem, mas precisava ser mais brutal e debochado para ficar um pouco mais parecido com o Jacob do livro. E a bella, por favor. Continua engatinhando em minha opinião. Sei que a menina é sofredora, na história original, com todos aqueles seres mitológicos tentando morder e matar a menina, mas no livro, gente, ela é mais feliz não é tão melancólica e apática. É mais cheia de atitudes. Mas tudo bem, ela está um pouquinhozinho melhor na terceira sequência. Vamos esperar para ver o que dá em Amanhecer. Eu, sinceramente, espero melhoras, porque o último filme, baseado no livro, vai precisar de muito mais expressões da Bella do que jamais foi exigido dela, porque é cheio de aventuras, romance e é muito mais eletrizante.

Gastei tempo demais falando dos atores principais e me esqueci do resto. Enfim, o terceiro filme da saga foi realmente bom. A trilha sonora muito mais bem escolhida do que aquelas chatices do Lua Nova. Os efeitos muito mais "realistas", não no real sentido da palavra, mas por ser comparado ao livro. E a produção conseguiu dar uma emoção bem penetrante para a história.

Tem mais crítica abaixo do trailer

Minha Nota para o filme: 8,0
Vou aproveitar e dar minha nota ao livro: 9,0


O que achei dos outros filmes
Lua Nova

Fiquei bem triste, exceto por algumas partes do filme, quando vi que meu livro preferido da Saga tinha sido tão decadente no cinema. O filme Lua Nova foi, resumindo, muito chato. Tiro o chapéu para a cena em que Bella se atira do penhasco e quando ela encontra Edward na Itália. Foram cenas bem emocionantes e salvou um pouco da dignidade da produção. Impossível não comparar a atuação de Edward em Lua Nova com a de Eclipse. Neste último o ator não foi perfeito, como deixei claro na minha crítica acima, mas foi infinitamente melhor do que aquelas aparições ridículas e vazias dele em Lua Nova. Quando Bella escuta Edward no livro (porque ela só escuta na história original), ele parece ser muito mais preocupado, desnorteado com as deciões de Bella e muito mais desesperado em determinadas cenas do que aquelas falinhas sem a menor expressão no filme.

Minha Nota para Lua Nova (o filme): 6,0
Minha Nota para o Livro: 10,0

Crepúsculo
A Bella sorrindo? Que é isso?

Como deu início à série, Crepúsculo amenizou um pouco os defeitos. Mas não posso dar muita opinião sobre ele. Quando assisti ao filme, não entendi nem de longe porque tanto estardalhaço, afinal não era tão bom assim. Nota: assisti ao filme antes de ler o livro. Depois, quando finalmente li o livro, entendi. A história, apesar de não tão original assim, é muito envolvente, bem escrita e encantadora. Daí, a imparcialidade fica meio de lado e a gente acaba gostando pra valer do filme também, quase tanto quanto do livro. Adorei o livro e gostei do filme. Do filme Crepúsculo, mais do que do filme Lua Nova. Mas o livro fica em terceiro lugar, perdendo em primeiro para Lua Nova e em segundo para Amanhecer. Entendeu?

Nota para o filme (Crepúsculo): 7,0
Nota para o livro: 9,0

Nota para Amanhecer (o livro): 10,0

O valor da espera

Não é novidade para ninguém o fato de que, nos tempos atuais, quando tudo precisa obrigatoriamente ser feito de forma rápida, com prazos curtíssimos e ainda assim de modo que saia "perfeito", a paciência, em épocas passadas considerada a maior virtude do ser humano, passou a ser uma qualidade raríssima e para a qual se dá uma mínima importância. Já ouvi uma pessoa dizer que a arte de saber esperar é para preguiçosos e gente que tem tempo de sobra. Nem preciso comentar que essa mesma pessoa foi uma das mais grossas indelicadas que já conheci e que sua saúde era exorbitantemente precária.

Estou me referindo neste post sobre a paciência no sentido de esperar, mas lá no fundo, ela acaba se relacionando à paciência propriamente dita, a maneira delicada como tratamos nossos semelhantes, em especial nossa família. Eu tinha um sério problema com a paciência. Não éramos amigas muito próximas. Além de eu querer que as coisas acontecessem imediatamente, ainda tratava mal todas as pessoas íntimas, enfim, era bem frustrada e ignorante. Não que agora eu seja um monge tibetano, calminha, mas já melhorei bastante.

Daí, entrando de uma vez no assunto que quero tratar, deixo claro que não sou da opinião de que devemos esperar sentadinhos de braços cruzados que as coisas aconteçam em nossas vidas. Não é a isso que me refiro quando falo de esperar. A luta não deve ser protelada. O que devemos esperar com calma e paciência são os resultados dessa luta, entende?

Algumas semanas atrás, eu estava lendo um discurso da Conferência Geral que ocorre duas vezes por ano em nível mundial na minha Igreja. Um dos líderes que discursaram, Dieter F. Uchtdorf, contou que há cerca de cinquenta anos um professor universitário realizou um teste com algumas crianças de quatro anos para avaliar o nível de força de vontade e paciência. Deixou à disposição delas um doce e disse que podiam comê-lo imediatamente ou esperar 15 minutos e ganhar mais um. Deixou as crinças sozinhas e observou por aqueles espelhos falsos, sabe? O resultado: Algumas crianças não esperaram nem um minuto e cataram o doce na mesma hora; outras esperaram um tempinho, mas não resistiram; e 30% delas esperaram os quinze minutos sugeridos e ganharam os dois doces. Esse pesquisador acompanhou a vida dessas crianças e percebeu, depois de anos, que as crianças que não conseguiram esperar sofreram com problemas de comportamento. Já as que conseguiram tornaram-se mais positivas e mais bem sucedidas na escola, por exemplo.

Óbvio que o teste só foi uma avaliação, que refletiu a maneira como as crianças estavam crescendo. Sem correção quando pequenas, essas características que o pesquisador verificou só foram reforçadas ao longo dos anos.

Por isso a grande importância de desenvolvermos a paciência. E mais, a de trabalharmos para termos sucesso. Uchtdorf deixou uma mensagem incrível nesse discurso:

"(...) Aprendi que a paciência era muito mais do que simplesmente esperar que algo acontecesse. A paciência exigia que trabalhássemos ativamente em direção a metas, e não ficássemos desanimados quando os resultados não aparecessem imediatamente ou viessem sem esforço. (...) A paciência significa esperar ativamente e perseverar. Significa permanecer em algo e fazer todo o possível: trabalhar, esperar e exercer fé; suportar as dificuldades com coragem, mesmo que os desejos de nosso coração demorem a ser cumpridos. A paciência não é apenas suportar, mas suportar bem. (...) As promessas de Deus nem sempre são cumpridas tão rapidamente ou da maneira que esperamos. Elas podem vir de acordo com o tempo Dele e à maneira Dele. (...) Sei com certeza que as promessas do Senhor são, sem dúvida, cumpridas, embora talvez nem sempre com rapidez. E por fim: (...) Paciência significa perseverar com fé, sabendo que às vezes é na espera e não no recebimento que crescemos mais"