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Resenha Crítica de Filme: Ben Hur e Os Dez Mandamentos

A Páscoa sempre me traz boas recordações. Lembro-me de quando meu pai e minha mãe se encontravam e esqueciam as diferenças, faziam cestas lindas com ovos enormes e deixavam uma cenoura comida em cima da mesa, indicando que o coelhinho da Páscoa havia passado por ali, e deixado os presentes. Meu pai fazia cones com amendoins dentro. A Páscoa já foi meu feriado preferido. E, por mais cômico que possa parecer, havia um detalhe da Páscoa que me traz lembranças mais doces do que os chocolates e amendoins açucarados: meu pai alugando ano após ano o filme super recente Os Dez Mandamentos, de 1956, e na luta sempre para alugar o também recente Ben Hur, de 1959, que não permanecia nunca na locadora durante o feriadão de Páscoa.


Os jovens de hoje têm preconceitos de filmes antigos. Provavelmente pela precariedade de efeitos, ou mesmo por terem sido produções baratas, se comparadas às produções atuais, mas sabe o que, tenho quase certeza, provoca mais preconceito da juventude de hoje? O fato de esses filmes terem sido sucesso na época dourada de seus pais e avós. Claro que produção de longas antigos, especialmente tão antigos assim, é bem diferente da produção de filmes atuais, já mais aprimorados, adequados na aparência ao gosto do público. Especificamente sobre os dois filmes que meu pai tanto gostava de ver na Páscoa, só tenho a dizer que, com apenas 12 anos, apesar de relutar muito de início, viajei no tempo e mergulhei na história, e simplesmente me apaixonei pelo roteiro, pela pureza poética e pelos detalhes tão essenciais, que lembram até mesmo clássicos da literatura. Além, é claro, de abordarem a natureza sagrada de passagens bíblicas, o que explica o desejo de meu pai de assistir aos filmes nessa época tão importante do ano para os cristãos. Ambos os filmes são maravilhosos. Não foi à toa que Ben Hur recebeu onze Oscars, empatando com Titanic. E Os Dez Mandamentos tenha sido indicado a sete, ganhando o prêmio de melhores efeitos especiais. Isso é engraçado, se compararmos aos filmes de hoje, que com tanta tecnologia mostram o irreal de uma forma tão perfeitamente real. Mas para a época, os efeitos usados no longa foram algo extraordinário, inimaginável até então.

É difícil para mim dizer de qual dos dois gostei mais, mas ainda assim, só para desempatar, fico com Ben Hur. Creio que por ser uma história que mostrou os dois lados do poderio, aquele mais comum que lutava por status, por dinheiro e por poder, propriamente dito, contra aquele que usou a autoridade para ajudar os menores. Relembrando o que Jesus Cristo fez durante seu ministério, que inclusive, é apresentado em algumas partes do filme.

Minha Nota para Ben Hur: 9,0

Minha Nota para Os Dez Mandamentos: 8,0




Retrato da Realidade: A realidade verossímil de Sherlock Holmes

O detetive mais famoso do mundo, que deu origem à famosa frase "Elementar, meu caro Watson" não é de fato um personagem real, mas muitos dos seus fãs, leitores fieis das obras que deram vida a Sherlock Holmes creem que ele existiu mesmo fora das páginas dos livros.

Não é para menos. Sherlock Holmes se tornou uma figura lendária tão curiosa, que seu sucesso não parou com a finalização da sua história, em 1927, mas perdurou por boa parte do século XX, e se tornou, em muitos casos, uma herança de pai para filho. Depois que o reconhecimento do detetive deu uma leve esfriada, o filme do ano passado foi uma excelente oportunidade de as histórias fantásticas de Sherlock Holmes e seu fiel companheiro Dr. Watson voltarem com tudo no gosto do público. Mas agora tendo o detetive novas histórias e uma nova personalidade, já que o antigo Holmes era bem mais metódico, e continua com seu jeitinho impecável de desvendar mistérios, com a utilização de métodos científicos avançados e a dedução minuciosamente calculada.

O pai de Sherlock Holmes, não literalmente, que deu vida ao personagem, foi o escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle. E as aventuras do detetive começaram em 1887 com o romance Um Estudo em Vermelho. E terminou com Os Casos de Sherlock Holmes, que foi uma série de doze contos publicada em 1927.

Fonte: Sherlock Holmes em Wikipedia

Resenha Crítica de Filme: Sherlock Holmes

Por trás de uma personalidade desajeitada, desorganizada e, de certo modo, maluca, quase sempre se esconde um brilhantismo nato. Então, se você é do tipo que pensa demais, a ponto de os outros crerem que suas ideias são doidas, além disso não consegue deixar nada no devido lugar, pode apostar, que escondido em seu caráter, você tem qualidades incomparáveis e inestimáveis. Algumas pessoas, porém, não conseguem esconder nem as qualidades, nem os defeitos, e apresentam claramente ambas as facetas: uma personalidade indiscutivelmente problemática, antagonizada por talentos únicos e indispensáveis. Quer um exemplo de pessoas assim? Pois vou lhe dizer: Sherlock Holmes.


Jamais havia me instigado a curiosidade ler os livros do detetive Sherlock Holmes, até assistir ao, em minha opinião, melhor filme do ano passado, que reaqueceu toda a empolgação dos fãs do detetive mais esperto do mundo e voltou com tudo. Trilha sonora que se encaixa perfeitamente, carisma sutilmente arrogante, mas muito atrante de Robert Downey Jr., e personalidade bela, estonteante e com uma seriedade bondosa e um tanto irônica de Jude Law foram os ingredientes combinativos perfeitos para o sucesso do longa. Um dos filmes mais inteligentes que já vi, baseado, claro, em uma das mentes criativas que mais conquistaram fãs em todo o mundo desde fim do século XIX.

No longa, Sherlock Holmes é um detetive desorganizado e desleixado, um pouco diferente dos livros, que apresentam um Holmes certinho. Mas algo jamais poderá mudar nesse fabuloso personagem, a maneira perfeita com que decifra os mistérios a ele confiados, utilizando métodos científicos avançados para a época e a dedução aguçada, dando-lhe o poder de planejar minuciosamente cada detalhe de suas ações e desempenhá-las com perfeição. Tendo a ajuda de seu companheiro, o médico Watson, certamente a pessoa mais importante para Holmes, nada poderia dar errado. Especialmente por ser o Dr. Watson o responsável por ajudá-lo a se levantar da lama, cada vez que sai do controle. O detetive tem uma intensa dependência afetiva pelo seu companheiro, e nesse primeiro filme, tenta utilizar seus métodos para impedi-lo de se casar. Não que ele seja gay, não é isso, até porque tem uma mulher linda e perigosa no jogo, por quem Sherlock é bem abobado. Mas Watson mistura um senso de proteção e de amizade tão fortes que fazem Sherlock amá-lo como se o médico fosse, às vezes seu pai, às vezes seu irmão. Nesse primeiro filme, o detetive e seu inseparável companheiro vão se deparar com aventuras de outro mundo, envolvendo magia negra.

O que poderia dizer? O filme é fantástico. E só posso terminar com minha avaliação, que não poderia ser diferente.

Minha Nota: 10,0

Resenha Crítica de Filme: Vestida para Casar

Há estilos de filmes, que por mais que sejam pouco originais e bastante manjados, encantam, atraem e divertem o público. São filmes simples, mas adoráveis e inteligentes como Mensagem para Você, Letra e Música, Como Perder Um Homem em 10 Dias, Um amor para recordar, Um lugar chamado Notting Hill, e por aí vai. E o que dizer sobre aqueles que apesar de não serem tão aclamados pela crítica, nem concorrerem a grandes prêmios da Academia, se tornam ícones de sucesso cinematográfico? Não é muito difícil puxar pela memória para dar de exemplo alguns desses filmes. Harry Potter, Saga Crepúsculo, Matrix: nenhum deles sequer foi indicado ao Oscar ou a qualquer grande prêmio na categoria de melhor filme, mas há alguma mínima dúvida de que foram três das melhores histórias já criadas até hoje? Eu não tenho dúvida, assim como centenas de milhões de outras pessoas que concordam 100% comigo.
  
Por outro lado, há aqueles filmes que, apesar de terem uma história interessante e lembrarem outros filmes que deram o que falar, não saem muito das prateleiras das locadoras. Não tiveram muita publicidade, nem ganharam muitos fãs. São aqueles filmes, cuja arrecadação mal pagou o custo de produção. Menos difícil ainda é lembrar alguns títulos que entram nessa categoria de produções esquecidas, apesar de divertidas. Mas como a lista é grande, hoje vou me concentrar em só um deles.


Para muita gente, o casamento se tornou obsoleto. Coisa de gente cafona, ou resultado de um acidente "grávido". Mas para outras muitas pessoas, inclusive para mim, ele ainda é algo mágico e puro, a união entre duas pessoas que realmente se amam, que desejam juntas construir uma vida cheia de desafios, mas também de alegrias e conquistas. E gostei de uma produção em particular que apresentou o casamento dessa forma, na sua verdadeira natureza sagrada. Quem sabe por isso tenha feito pouco sucesso. Vestida para Casar é a história de uma mulher demasiadamente responsável e metódica, que se preocupa mais com os outros do que consigo mesma. É obcecada por casamentos, de modo que se torna a dama de honra de todas as suas amigas noivas, e praticamente a organizadora absoluta das cerimônias. A verdade por trás disso tudo é que Jane (Katherine Heigl) deseja mais do que tudo estar no lugar das suas amigas ao lado do homem que ama.

O filme não é nada extraordinário, mas é um dos meus preferidos por ser divertido, ter uma lição de moral bem inteligente, sem ser meloso, e principalmente por desmetificar toda aquela bobagem que vem sendo incutida na mente das pessoas, pela mídia em especial, de que casamento é antiquado e sinônimo de fracasso.

Minha nota: 9,0

Resenha Crítica de Filme: Um Sonho Possível

Eu já estava meio cansada de ficar deprimida toda vez que terminava de assistir a um filme, em especial depois do chá de baixo astral que tomei assistindo a Preciosa e Guerra ao Terror. Aliás, não só os filmes, mas a imprensa principalmente exagera apresentando a podridão da realidade. Como mergulho com tudo no enredo do filme, acabo tomando as dores e o lugar dos personagens. Por isso, uma sucessão de filmes demasiado deprimentes não me faz muito bem. Mas fui dormir tranquila e feliz da vida ontem. Era de um filme pra cima que eu precisava. Então decidi avaliar o papel da minha queridinha Sandra Bullock no filme Um Sonho Possível pelo qual, merecidamente, venceu o Oscar pela primeira vez como melhor atriz. E tenho que ser franca que o filme não foi nada mais do que eu esperava, o fato é que eu esperava muito dele, então, resumindo, o filme é incrível.

Sem muitos efeitos, sem muita originalidade, sem um elenco renomado, exceto por Sandra Bullock e Kathy Bates, o longa é bem simples, e baseado na história real do jogador de futebol americano Michael Oher, que cresceu no subúrbio em meio a brigas e assistiu à decadência da mãe que era viciada em crack. Conseguiu uma bolsa em uma escola cristã de ricos, mas ainda assim não tinha um lugar para morar nem a menor ideia de como alcançaria o nível disciplinar exigido pela nova escola. Até que uma mulher muito dominadora, determinada e com um coração extremamente bondoso enxergou o problema do garoto e decidiu ajudá-lo. Resultado: entre outras maravilhas que a família fez, em especial a mãe adotiva Leigh Anne Touhy (Sandra Bullock), por causa do incentivo recebido, o garoto se tornou um grande astro de futebol americano.

Com certeza valeu a indicação ao Oscar, apesar da simplicidade na produção. Além de retratar uma história maravilhosa, mostra que é possível pensarmos em outras pessoas, enquanto pensamos em nós mesmos. Que, embora às vezes não pareça, existem pessoas boas espalhadas por aí. E que a solidariedade não é uma obrigação, mas um ato que melhora a vida de quem ajuda e de quem é ajudado. Tive vontade e ânimo de ser uma pessoa melhor depois que o filme terminou. É desse tipo de história que a mídia deveria se aproveitar para estimular uma transformação positiva na sociedade. Embora tenha ficado muito claro o aumento expressivo da desigualdade social que reina no nosso mundinho medíocre.

O filme é maravilhoso. Só o nome em português que podia muito bem ter sido simplesmente traduzido, ficaria O Lado Cego. Um Sonho Possível não ficou muito bom.

Minha Nota: 8,0

Maior sebo virtual do Brasil materializado em 50 cidades

Desde que descobri o sebo Estante Virtual*, fiquei encantada com a riqueza de acervo que ele oferece. E agora o maior sebo virtual do Brasil lançou uma novidade para 50 cidades, três das quais estão em Santa Catarina. Os amantes de livros de Florianópolis, Criciúma e a minha querida Tubarão vão poder participar de corpo e alma dessa iniciativa. Dos dias 22 a 26 de março sebos cadastrados no Estante Virtual montarão postos em mais de 70 univesidades brasileiras e vão lançar um desafio bem bacana. Os visitantes dos postos poderão conhecer o sistema de busca e o portal do sebo. Mas o mais empolgante vai ser a participação do desafio que consiste em descobrir um livro que não faça parte do acervo do Estante Virtual. Quem não achar o título do livro, preenche um cupom e concorre a 100 reais em livros. O objetivo deles é provar que é praticamente impossível não encontrar um livro dentre os mais de 23 milhões cadastrados nos sebos do Estante Virtual. Veja detalhes da promoção aqui. E participe, porque vai ser bem bacana!

*O Estante Virtual é um sistema on line que reúne sebos de todo o Brasil em um único portal. Quando o internauta digita o nome do livro no campo de busca, o sistema procura o título do livro nos sebos cadastrados, passa as informações sobre o livro (preço, estado de conservação, localização do livro) e faz a conexão entre o comprador e o vendedor. É um sistema muito interessante.

Retrato da Realidade: a política da Guerra ao Terror

Até que o nome do filme Guerra ao Terror em português foi bem propício. Sabe por quê? Existe uma política criada por, nada mais nada menos, que George W. Bush chamada Guerra ao Terror (ou Guerra ao Terrorismo), que teve início depois dos ataques de 11 de setembro. A proposta até que é bem interessante, porque tem como objetivo combater o terrorismo. Só é estranho, e dificilmente há quem não o ache, o fato de que o então presidente dos EUA na época tivesse a intenção de acabar com o terrorismo invadindo vários países, tendo como meta aniquilar os terroristas do Iraque e do Afeganistão e, também, os apoiadores desses terroristas.

Mas existe uma explicação plausível, pelo menos para o governo de Bush. É que ele define terroristas aquelas pessoas que matam ou se matam para prejudicar... os EUA, claro! O fato de o governo dos EUA mandar milhares de soldados acabarem com a vida de outras pessoas e, muitos do quais, perderem suas próprias, não é sinônimo de terrorismo. Não digo com isso que defendo barbáries do tipo que aconteceu em 11 de setembro de 2001. Estupidez pura. Mas como disse a mensagem do filme Guerra ao Terror, a guerra é uma droga. Quando se experimenta uma vez a maldita da batalha, dificilmente se consegue parar. Dou duas interpretações para tal metáfora: 1ª (a menos comum na minha opinião) a pessoa acaba gostando mesmo de sangue, de matar, de estar sempre à mercê do perigo; e para a 2ª vou dar um exemplo. Lembra-se de quando você era criança, e o seu irmão, ou seu amigo discutia com você por bobagem e de repente vocês se viam rolando no chão, aos tapas? Imagino que a segunda interpretação para a "guerra é uma droga" seja mais ou menos assim. Um país cutuca. O outro revida. O primeiro age com mais ferocidade da segunda vez, e quando menos se espera, milhares, ou milhões de pessoas inocentes estão morrendo por causa de brigas exclusivamente políticas. Imagino a "droga" nesse sentido como um ciclo vicioso, que nunca tem fim, como eu disse no artigo anterior, alimentando a guerra com a guerra.

Fontes: Wikipedia, O significado da Grande Metáfora para a Guerra ao Terrorismo, Os custos da “Guerra ao Terrorismo” batem os custos das Guerras da Coreia e do Vietname.

Reflexão de Filme: Guerra ao Terror

"O calor da batalha é frequentemente um apego poderoso e letal, porque a guerra é uma droga"

Tradução livre da frase The rush of battle is a potent and often lethal addiction, for war is a drug, proferida por Chris Hedges, jornalista americano e correspondente de guerra. A frase foi usada para introduzir o filme Guerra ao Terror.

Resenha Crítica de Filme: Guerra ao Terror

Já ouvi muito falar que ganhar o Oscar não é sinônimo de qualidade impecável. Trocando em miúdos, nem sempre ganha quem merece. Mo'nique, ao contrário, disse, ao receber a estatueta como melhor atriz coadjuvante por Preciosa, que a escolha para os melhores não envolve política, mas premia por desempenho, isto é, sempre ganha quem merece. Não sei, acho que para escolher os vencedores vai muito de opinião mesmo, com uma pitadinha bem pequena de critérios estabelecidos, e uma grande porção de política, sim.

Tomamos como exemplo o filme Guerra ao Terror. Quando assisti ao longa pensei "será que foi esse mesmo que ganhou o Oscar de melhor filme?". Está certo que Avatar, seu maior concorrente, não foi assim aquela originalidade, exceto pelos efeitos especiais, mas teve uma história de tirar o fôlego, hipnótica até mesmo. Mas como minha opinião é de longe bem diferente da dos críticos de Hollywood, não tenho muito o que comparar.

Ainda assim, gostaria de deixar meu parecer ao Guerra ao Terror. Para mim, não foi nada além de mais um filme que mostra os horrores da guerra. As consequências horrendas que ela traz e o quanto nosso mundo está num patamar avançado de desumanismo. Mas além das boas atuações dos atores, o que vi foi um bando de soldados lutando para não enlouquecer. Nem se compara a O Resgate do Soldado Ryan, e olha que não suporto sangue. Guerra ao Terror passa mais ou menos 1h15min sem um pingo de ação e um desenrolar empolgante. Dificilmente fico com sono no meio de um filme, mas nesse fiquei. Esperei, esperei e esperei para saber que fim levaria a história. O único ponto que me chamou a atenção foi o caráter do personagem principal o Sargento Willian James (Jeremy Renner), que, por trás de sua carranca insensível e valentona, mostrou que mesmo habituado aos terrores da guerra, é sentimentalista, altruísta e bastante empático. Também me fez refletir a mensagem do filme, que diz basicamente que a guerra é um vício. Quem discorda diante de tanta estupidez humana que alimenta a guerra com a guerra e constrói um alicerce cada vez mais forte de ódio e competição brutal? Não sei se retratar tanto a guerra nas telas do cinema não acaba banalizando o problema e sutilmente estimulando o desejo por sangue, você me entende, né? Minha nota para a produção: 5,0. E para a moral da história: 7,0.

Minha Nota Geral: 6,0

Retrato da Realidade: Pesquisa aponta que a violência doméstica é o assunto mais preocupante atualmente

Na postagem anterior, eu avaliei o filme Preciosa - Uma história de Esperança, que aborda algumas realidades bem tristes vivenciadas em nossa sociedade. Por isso gostaria de abrir mais uma coluna aqui no blog intitulada Retrato da Realidade, em que publicarei informações a respeito do que pode ser verdadeiro nas telas do cinema. Hoje começarei levantando alguns dados a respeito de violência doméstica do Brasil e no mundo, e qual é o papel da sociedade na luta contra tal brutalidade.

Encontrei alguns materiais no meu acervo literário com informações muito importantes a respeito da violência doméstica. São quatro tipos de violência intrafamiliar classificadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde):

- Violência psicológica: ação que prejudica a auto-estima, a personalidade ou o desenvolvimento psicológico, social ou moral da pessoa. Em outras palavras, são humilhações que fazem a pessoa se sentir desvalorizada. É a violência mais comum, mais despercebida, mas tão grave quanto qualquer outra. A personagem Preciosa sofria tais abusos com frequência da mãe, quanto esta dirigia os mais diversos e absurdos insultos contra a filha.

- Violência física: com as mãos, os pés, ou algum tipo de instrumento (faca, panela, arma de fogo). Hoje nenhum tipo de violência física é tolerável pelo Ministério da Saúde, mesmo que seja aparentemente inofensivo, como surras no bumbum contra a criança. O que tem levantado muitas polêmicas. Eu sou contra a surra, por menos severa que ela seja. Creio que haja outras maneiras mais eficientes e amorosas de se educar.

- Violência Sexual: quando alguém, geralmente a mulher, é obrigada a manter relação sexual contra a vontade. Existem inúmeras formas de a violência sexual se apresentar. Mas resumidamente é todo o ato em que haja relações sem o consentimento de uma das partes, ou quando a criança menor de 14 anos, mesmo consentindo, é submetida a atos sexuais, já que com essa idade, ela não é matura o suficiente para tomar decisões dessa natureza;

- Negligência: quando os pais ou o cônjuge descumprem suas responsabilidades por falta de interesse. Por exemplo, deixar as vacinas das crianças atrasarem, não alimentar o filho, não dar atenção aos interesses da criança, não levá-la ao médico quando ela está doente. É abandono, falta de cuidado, de atenção, de proteção, de afeto.

Fuçando na internet, encontrei alguns dados bem chocantes referentes à violência doméstica

O Instituto Patrícia Galvão, que promove ações para minimizar a violência contra a mulher, em parceria com o Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), realizou em 2009 uma pesquisa sobre os casos de violência doméstica e o conhecimento da comunidade sobre o assunto. A pesquisa apontou que 56% dos entrevistados consideram a violência doméstica o assunto mais preocupante hoje e que 55% conhecem algum caso de violência contra a mulher. E não é para menos, outros dados que encontrei e que revelam o que a mulher sofre em âmbito mundial é de deixar os queixo caídos. São antigos, de 2004, mas retratam um pouco da realidade que nos cerca, embora bem mascarada.

- Nos EUA, uma mulher é espancada pelo marido ou parceiro em média a cada 15 segundos. E uma é estuprada a cada 90 segundos. Na Inglaterra, duas mulheres são mortas por seus parceiros semanalmente.

- Na França, 25 mil mulheres são violentadas por ano. (...) A OMS estima um número muito maior, já que as mulheres são inibidas a denunciar os abusos.

- No Paquistão, 42% das mulheres consideram a violência parte de seu destino.

A Unicef levantou dados alarmantes a respeito de violência sexual diretamente contra crianças e adolescentes. A estimativa é de que um milhão de crianças sejam violentadas no mundo todo anualmente. Entre elas, 10% estão distribuídas entre Brasil, Filipinas e Taiwan. O problema no Brasil se deve principalmente ao pacto de silêncio, ou seja, as vítimas têm medo de denunciar. As pessoas que são diretamente ligadas ao atendimento das vítimas, como Conselho Tutelar, delegacia da criança e do adolescente, dizem que, em média, apenas um caso entre 20 é denunciado.

Os detalhes dessa pesquisa estão aqui.

De quem é a culpa

Algumas pessoas culpam a impunidade para esse temeroso problema. Outras acreditam que parte disso vêm da mídia, ou por intermédio de filmes e novelas, ou dos chamados noticiários negativistas, que, de ambas as formas, apresenta a violência tão exageradamente que ela acaba se tornando normal. Creio, sim, que tudo pode se tornar um agravante. Mas o que define a personalidade e que orienta praticamente a vida inteira de uma pessoa é o nível de educação que ela tem. Creio que o maior fator que estimula a violência, em especial contra a mulher e contra crianças, é a falta de educação, não só a escolar, mas a psicológica também. Quero dizer com isso que, apesar de o índice de agressões contra a mulher ser maior entre as classes mais baixas, onde faltam ambos os tipos de educação que citei, ela existe em todos os níveis sociais.

Tarde ou não para reverter a situação, é importante que cada um de nós faça a sua parte. Se conhecer uma mulher ou uma criança que sofra violência doméstica, por favor, denuncie. Pode ser nas delegacias, ou em instituições que abrigam vítimas.

Por último, quero fazer um apelo aos pais. As pessoas dificilmente se tornam agressivas depois de adultas. Elas aprendem em casa, vendo os pais brigarem ou apanhando. Nenhuma educação é eficiente com agressões. É com amor, limite e atenção que se ensina uma criança. Por favor, espalhe esta mensagem e, se você ou alguém que você conheça tem falta de controle emocional, ou seja, não consegue saciar a raiva e parte para a gressão, apesar de saber que é errado, incentive-a a procurar ajuda psicológica. Felizmente hoje nós somos equipados com pessoas com excelente preparação para nos ajudar a resolver os problemas. Existem programas de orientação psicológica até mesmo gratuitos na maioria das cidades. Não há desculpas para alimentar situações tão desagradáveis como a violência doméstica.

Fontes: Portal da Violência Contra a Mulher, Agência Patrícia Galvão

Resenha Crítica de Filme: Preciosa - Uma história de Esperança

Havia algum tempo eu não era remetida a uma realidade tão dura e cruel ao assistir a um filme, como o foi hoje quando matei minha curiosidade para conhecer a história de Claireece Precious Jones no filme Preciosa - Uma história de Esperança. Em termos técnicos é fácil de entender por que teve seis indicações ao Oscar. O filme aglomera em uma única história alguns dos principais fatores que atraem os críticos de Hollywood, dramalhão, abordagem de problema de relevância social, encenação da realidade, enredo demasiado chocante e sem censura. Nada de muito novo foi o que vi em Preciosa, nada além de um enredo já bastante esteriotipado pelas telas de cinema. O longa é baseado no livro Push, de uma escritora americana chamada Sapphire, em grande ascenção na carreira, especialmente depois do sucesso do roteiro adaptado de seu livro para o cinema. Não gosto muito de filmes com excesso de palavrões e obscenidades. Creio que para alertar a sociedade para um problema tão sério, não seja necessário usar baixaria. Ao contrário, as bobagens faladas em demasia tiraram toda a seriedade da mensagem. Comparo esse caso a Tropa de Elite, por exemplo, que foi bem produzido, mas me indignou o tempo todo com tanta sujeira na boca dos personagens. Pode ser retrato da realidade, mas já que se trata só de encenação, alguns fatores poderiam ser descartados, ou ao menos minimizados, como por exemplo, a linguagem de baixo calão.


Mas não é para a produção que desejo chamar a atenção nesta crítica. Apesar de ser uma história que retrata uma realidade difícil de digerir, ela merece atenção. A personagem principal, Preciosa, sofre todos os tipos de abuso familiar: violência física, psicológica, sexual e negligência. É difícil acreditar que uma mãe seja capaz de tratar um filho da maneira como a mãe de Preciosa a trata. Mas infelizmente essa realidade existe, embora seja obscura para a maioria de nós. A adolescente de 16 anos, durante todo o filme, tenta escapar da vida que tem fantasiando um mundo glamouroso, completamente diferente daquele com o qual é acostumada. Cresce numa escola que aprova sem ensinar, dando-lhe poucas condições de mudar de rumo na vida. Preciosa mergulha no conformismo, crendo que a mudança cairá do céu um dia. Grávida do próprio pai pela segunda vez, é obrigada a se afastar da escola, e passa a frequentar um outro curso de educação avançada, onde a professora lhe mostra que só existe uma maneira de mudar, e essa maneira é lutando. Preciosa começa essa mudança oferecendo aos seus filhos uma vida diferente da sua.

Além dos problemas familiares desencadeados principalmente pela ignorância e crueldade da mãe de Preciosa, muito bem interpretada por Mo'Nique, que também não teve uma vida muito doce, o filme traz à tona problemas sociais bem comuns, como o assistencialismo gratuito que sustenta a migalhas famílias com condições de trabalhar, mas que permanecem no conformismo por não quererem bater pernas para lutar. Problema bem real aqui no Brasil também. Tais famílias ficam mergulhadas em uma realidade simplória por medo de perderem suas esmolas. Resultado: passam toda a vida sem educação, sem ambição e sem objetivos de vida. A assistente social vai à casa de Preciosa, vez por outra, para acompanhar o andamento da família, faz suas anotações, e vai embora, como se tivesse prestrado alguma ajuda. Exatamente como funciona o sistema.

Chorei boa parte do filme, em partes pelo choque, incrédula, que tive com as cenas. Não foi para mim um filme que merecesse tantas indicações ao Oscar, mas o destaque, sim, foi merecido. Espero de coração que esse filme desencadeie alguma, nem que seja mínima, atitude por parte do governo, da sociedade e das famílias. Do governo, para que a Educação passe a ser prioridade. Da sociedade, para que o comodismo pare de ser um meio de sustento e dê lugar ao trabalho árduo e o desejo por conhecimento. E das famílias para que a negligência e o pouco afeto uns pelos outros não se torne normal, como se realmente fosse o normal. Terei que dar duas notas e depois minha média final ao filme. Para a produção minha nota é 5,0. Para o enredo e para a retrartação da realidade como forma de conscientizar o público, minha nota é 7,0.

Minha nota final: 6,0


Resenha Crítica de Filme: Eu e as Mulheres

Celebridades em Alta: Meg Ryan

Hoje é mais um dia de novidades para o blog. Estou criando uma coluna intitulada Celebridades em Alta, em que escreverei algumas informações pessoais sobre determinada celebridade. Mas, para não me prender a informações que podem ser conseguidas em muitos sites por aí, o ponto chave desta coluna serão as minhas avaliações, em outras palavras, minhas críticas a respeito de um filme protagonizado por essa celebridade.


E nada mais do que justo eu começar escrevendo a respeito de uma das minhas queridinhas, que, desde Cidade dos Anjos, passou a ser a minha segunda atriz favorita, perdendo apenas para a Sandra Bullock. Adquiri essa paixão porque, a quase cinquentona, acredite se quiser, Meg Ryan, tem um jeito singelo, meigo e humilde de atuar, às vezes até meio infantil, o que mais gosto nela. Sem vulgaridade, sem exageros, sem extravagância, ela encanta pelo profissionalismo e naturalidade diante das câmeras. Nem pude crer, ao buscar informações para a coluna de hoje, que a Meg é jornalista também. Mas minha colega de profissão nem chegou a atuar na área. Sorte nossa!

- Meg nasceu em 19 de novembro de 1961 em Fairfield, Connecticut, EUA.
- A filmografia dela é bem comprida, por isso é melhor você clicar aqui para saber.
- Devido à declarada rejeição da Academia de Cinema de Hollywood por filmes do estilo mais comumente protagonizados por Meg, ela não recebeu muitas indiações de prêmios. Foram três indicações ao Globo de Ouro, que é um pouco menos criterioso na escolha dos indicados do que o Oscar, pelos filmes Harry e Sally - Feitos Um Para o Outro (1989), Sintonia de Amor (1993) e Mensagem pra Você (1998). E mais cinco indicações de prêmios meio "chulé", pouco importantes para as celebridades.

O filme de Meg que me deu sono

É difícil pra mim ter que esculachar um filme em que Meg atuou. Mas geralmente gosto tanto dos filmes dela que achei mais justo levantar uma crítica sobre um dos poucos pobres protagonizados por ela. Então foi assim: há mais ou menos um mês, pedi pro Celso pegar um filme na locadora, já que era caminho do lugar onde ele ia. E falei "quero Eu e as Mulheres". Tenho que ser franca, disse pra ele que queria o filme porque eu já estava atrás dele havia um tempo. Mas a verdade é que estava naquela euforia toda por causa de Crepúsculo e aluguei mesmo porque queria ver outra atuação da Kristen Stewart. Veja bem o que foi que a moça da locadora respondeu ao Celso quando ele pediu pelo filme: "ninguém alugava essa coisa. Agora, só por causa da guria do Crepúsculo, o filme estourou".

Mas vamos para a crítica. Não é preciso se esforçar muito para entender por que ninguém gostou do filme. Ele é chato, com um enredo parado e que parece que nunca vai andar. Conta a história de um rapaz, Carter Webb (Adam Brody), que se isola na casa de sua solitária avó para cuidar dela e se dedicar à carreira de escritor. É quando ele conhece Sarah (Meg Ryan) e Lucy (Kristen Stewart), mãe e filha, que são suas vizinhas de porta. Ele se envolve demais com Sarah, principalmente depois que ela descobre um câncer. Além dela, a filha também se apaixona pelo rapaz. Depois disso não tem muita coisa. Minha opinião é que não vale muito à pena. Meg não deixou a desejar, brilhou tanto quanto em qualquer outro filme. Kristen até que não se saiu tão mal, mas creio que avalio dessa forma, porque já estou acostumada com a a atuação apática dela.

Minha nota: 5,0

Veja quais são minhas atrizes preferidas aqui.

Resenha Crítica de Filme: Idas e Vindas do Amor

Para muitos, um dia cheio de flores coloridas; para outros, o mais detestável do ano. E pra você, qual é o grau de importância do dia dos namorados? Aqui no Brasil, a data é comemorada em 12 de junho, mas a maioria dos países segue a tradição estadosunidense, que festeja a data romântica em 14 de fevereiro. Dia mais do que oportuno para lançar nos cinemas um filme que homenageia os apaixonados, e aqueles que, por algum motivo, não são muito chegados a trufas, cartazes em forma de coração ou músicas melosas. Idas e Vindas do Amor é o clichê romântico mais divertido do ano, sem dúvida. Clichê porque conta histórias de amor que todo mundo já está cansado de conhecer, ou seja, histórias para todos os espectadores compararem com as suas próprias. Mais divertido do ano porque agrada a todos os gostos. Se não tiver graça a solidão da solteirona, então podemos rir com a decepção dos apaixonados que descobrem podres dos seus amantes, se isso não for engraçado, pode ter graça a paixão "imortal" dos adolescentes, ou então a amizade colorida que nunca desenrola, e por aí vai. Porque a gente sabe que no fim, tudo dá certo, não é mesmo?

O filme é bacaninha, mas não vai ficar na história. De qualquer jeito, não cansa, principalmente por não ter uma única história, não sei se isso chega a ser uma vantagem. Ainda assim, as tiradas de humor deixam as duas horas de longa bem curtas. Por reunir dezenas de artistas, que vão de razoáveis (Patrick Dempsey) a excelentes (minha favorita do filme Anne Hathaway), o enredo pouco permite que o público se prenda aos personagens. Foi uma boa oportunidade de revelar alguns atores. Poucos já tinham ouvido falar em Emma Roberts, por exemplo, sobrinha da Julia Roberts. Eu mesma só tinha visto um filme bem meia boca com ela chamado Garota Mimada. Agora um bom destaque mesmo recebeu Ashton Kutcher (Efeito Borboleta, Recém-Casados), que nunca conseguiu ascender muito na carreira, embora seja bem cativante e tenha um humor nato naquele belo rosto. A partir daqui, é bem possível que o moço seja um pouco mais visível aos olhos de grandes produtores.

A despeito da crítica de alguns especialistas em cinema, tenho que ser honesta, deu-me vontade de ver o filme de novo. É um remédio pra aliviar as tensões, exceto a dos solitários.

Minha Nota: 7,0

Seção Velharia: Apoiem as locadoras, aluguem filmes arcaicos

Está sem grana ou sem tempo para ir ao cinema? Ou está a fim de ficar em casa, descansar e se esquecer daquela semana insuportável que passou no trabalho, mas não sabe muito bem o que fazer? Quaisquer que sejam as situações, vou dar duas dicas de boas atividades para passar o tempo, que são as minhas preferidas: ler um bom livro e assistir a um gostoso filminho das antigas, daqueles de locadora mesmo, que você pode pegar a hora que quiser, levar pra casa, e assistir depois de um bom banho relaxante. Ah, fora que você paga menos do que um ingresso no cinema, e pode levar quantas pessoas quiser pra ver junto com você.

Então, vou começar uma nova seção aqui no meu Blog, que intitulo Seção Velharia, em que apresentarei dicas de meus filmes preferidos, tenham sido eles famosos e renomados, ou detonados pelo público e pela crítica. Mas não se engane pelo nome. Não vou fazer comentários somente de filmes do estilo de Ben Hur, Rebecca e Psicose, embora, vez por outra, também serão meus focos. Simplesmente intitulei essa nova seção com tal nome, por não estar nas prateleiras de lançamento ou em cartaz nos cinemas. Já que a partir de fevereiro passei a dedicar a maior parte de meu blog para minha paixão em cinema e literatura, creio que os filmes obsoletos também mereçam um espaço aqui, não é mesmo?

E pra começar, quero falar sobre um filme incrivelmente engraçado, e que quase não foi comentado na época do lançamento. Não sei por que, já que, além de ser protagonizado por ótimos atores, teve um roteiro maravilhoso, cenas de comédia muito originias e singelas, sem forçação de barra, e uma história tri cativante. Mas antes, quero dar algumas dicas sobre ele. Vamos ver se você adivinha.

1º O ano de lançamento foi 2005
2º Trata-se de uma comédia romântica
3º O protagonista atuou também em De Repente 30 com Jennifer Garner
4º A atriz principal é loira
5º O nome original do filme, em inglês, é Just Like Heaven, cuja trilha sonora principal leva o mesmo nome

Já sabe?
Não?

Pensa um pouquinho!

Chega! O filme é E se Fosse Verdade, que trata da história de uma médica, interpretada por Reese Whiterspoon, que é apaixonada por seu apartamento, e não quer abrir mão dele de jeito nenhum, mesmo depois de ser forçada a abandoná-lo devido a um acidente horrível que sofreu e ter ficado num estado, digamos, bem sombrio. O novo inquilino, então, passa a ter "alucinações" e ver uma moça andando pra lá e pra cá no seu apartamento, dizendo que ela é dona do imóvel. Cansado disso, ele procura entender o que está acontecendo e descobre algo bem intrigante nessa história toda. Olha, eu gosto tanto desse filme, que posso, com certeza, assistir a ele 300 vezes que não vou enjoar.


Minha nota: 10,0 (com louvor)

Veja mais detalhes clicando aqui.


Resenha Crítica de Filme: Amor sem Escalas


O que carregamos em nossas mochilas? Algumas pessoas põem nos ombros, durante toda a vida, o peso de um trabalho árduo, descartando a possibilidade de reservar um espaço da bagagem para um vínculo amoroso e/ou familiar. Outras, ao contrário, preferem sentir as alças cortando os ombros ao levar consigo a responsabilidade de criar relações familiares, ainda que, vez por outra, essas relações não sejam nenhum mar de rosas. Há ainda aquelas pessoas que, embora raramente, sabem construir um equilíbrio com tudo o que é importante em suas vidas, e carregam nas costas, não tudo, mas os mais importantes objetos que formam o adequado modo de viver. Todos são estilos de vida. Cada um escolhe o que mais lhe convém.

E o estilo de vida escolhido por Ryan Bingham (George Clooney) em Amor sem Escalas é o de um homem pra lá de frio, que não tem o mínimo de empatia pelas pessoas que é obrigado a demitir, já que seu trabalho consiste em, basicamente, viajar país afora dispensando pessoas, polpando os donos das empresas de fazer tal desagradável tarefa. Resultado: Ryan se recusa a criar qualquer tipo de relacionamento afetivo e não se coloca nem minimamente no lugar da pessoa a quem está demitindo. Até conhecer duas mulheres. A primeira é Natalie Keener (Anna Kendrick), uma menina recém saída da Universidade, que desenvolve um projeto eficiente, econômico e prático para demitir pessoas por vídeo conferência. O que derrubaria a rotina de Ryan e o faria deixar as atividades de que mais gosta, passar horas e horas em aviões, aeroportos e hotéis. Mas o trabalho de Ryan impressiona Natalie mais que o normal, já que a menina possui uma sensibilidade agravada pelos problemas alheios e acaba se envolvendo mais profundamente do que esperava, sentindo pelas pessoas que demite uma piedade sincera, como se ela estivesse recebendo a "facada". A segunda pessoa que muda a visão de Ryan é Alex Goran (Vera Farmiga), uma mulher que, como Ryan, passa a maior parte do tempo em hotéis e poltronas de aviões, e desperta no "demitidor" um sentimento antes desconhecido por ele, fazendo-o redefinir suas prioridades.

De um modo geral, o filme é bem produzido, com uma boa atuação dos três protagonistas, tendo destaque a bela Anna Kendrick, que surpreendeu todo mundo. Francamente, a escolha do nome em português intimidou a qualidade do filme. A história é intrigante e faz o público se prender ao enredo, e ter sede de saber o desfecho de tudo isso. Entretanto, a uma certa altura, o meu interesse se esfumaçou por completo. A história migra de contentamentos a decepções em segundos. Tirando todo o fôlego de pessoas que anseiam por um final feliz. Além disso, tem um pouco mais de vulgaridade do que o necessário.

Lição do filme para mim: cada um escolhe a melhor maneira de viver. E não é porque existem estilos diferentes de se fazer isso que as escolhas de algumas pessoas sejam superiores às de outras.

Minha Nota: 7,0

Reflexão de Filme: Amor sem Escalas

"Todos que construíram um Império ou mudaram o mundo sentaram aí onde você está. E porque sentaram aí, foram capazes de fazê-lo".

Embora Ryan Bingham, interpretado por George Clooney no filme "Amor Sem Escalas", tenha pronunciado tais palavras a centenas de pobres coitados que se submeteram à demissão, elas, de fato, podem se transformar numa ferramenta de motivação.

Resenha Crítica de Filme: Avatar

Típica reprodução de batalhas do bem contra o mal, uma crítica à ambição humana, esbanjação de efeitos especiais ou uma romântica aventura? Embora Avatar tenha uma pitada de todas as descrições anteriores, eu gosto mesmo é de conceituar essa super produção de James Cameron como o maior e mais empolgante filme de ficção da história. Não é só uma amostra do que a tecnologia atual é capaz de fazer, mas uma aventura cheia de originalidade e impecável qualidade no que diz respeito a atuação e produção.

A história não é assim tão incomum. Basicamente retrata a descoberta de um mundo completamente diferente do que os habitantes da Terra estão acostumados a ver, e o interesse dos homens pelas riquezas que aquele mundo, chamado de Pandora, pode oferecer. Mas o mais incrível é a criação dos avatares, que são nada mais do que alguns dos próprios seres humanos transferidos para um corpo criado à semelhança dos Na’vi, nativos de Pandora, com o objetivo de entrar no planeta, respirar livremente e se relacionar com os habitantes.
Embora o avanço dos efeitos especiais da última década esteja sendo aproveitada em demasia pelos produtores apaixonados por aventura e ficção, Avatar não se enquadra na categoria de filmes manjados, mas, com certeza, entra para a história e ressuscita toda a empolgação de Cameron por produzir filmes aclamados, como foi o caso de Titanic.

Minha nota: 9,0

Mais detalhes nos sites Adoro Cinema e Cinema em Cena