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Resenha Crítica de Filme: Amor sem Escalas


O que carregamos em nossas mochilas? Algumas pessoas põem nos ombros, durante toda a vida, o peso de um trabalho árduo, descartando a possibilidade de reservar um espaço da bagagem para um vínculo amoroso e/ou familiar. Outras, ao contrário, preferem sentir as alças cortando os ombros ao levar consigo a responsabilidade de criar relações familiares, ainda que, vez por outra, essas relações não sejam nenhum mar de rosas. Há ainda aquelas pessoas que, embora raramente, sabem construir um equilíbrio com tudo o que é importante em suas vidas, e carregam nas costas, não tudo, mas os mais importantes objetos que formam o adequado modo de viver. Todos são estilos de vida. Cada um escolhe o que mais lhe convém.

E o estilo de vida escolhido por Ryan Bingham (George Clooney) em Amor sem Escalas é o de um homem pra lá de frio, que não tem o mínimo de empatia pelas pessoas que é obrigado a demitir, já que seu trabalho consiste em, basicamente, viajar país afora dispensando pessoas, polpando os donos das empresas de fazer tal desagradável tarefa. Resultado: Ryan se recusa a criar qualquer tipo de relacionamento afetivo e não se coloca nem minimamente no lugar da pessoa a quem está demitindo. Até conhecer duas mulheres. A primeira é Natalie Keener (Anna Kendrick), uma menina recém saída da Universidade, que desenvolve um projeto eficiente, econômico e prático para demitir pessoas por vídeo conferência. O que derrubaria a rotina de Ryan e o faria deixar as atividades de que mais gosta, passar horas e horas em aviões, aeroportos e hotéis. Mas o trabalho de Ryan impressiona Natalie mais que o normal, já que a menina possui uma sensibilidade agravada pelos problemas alheios e acaba se envolvendo mais profundamente do que esperava, sentindo pelas pessoas que demite uma piedade sincera, como se ela estivesse recebendo a "facada". A segunda pessoa que muda a visão de Ryan é Alex Goran (Vera Farmiga), uma mulher que, como Ryan, passa a maior parte do tempo em hotéis e poltronas de aviões, e desperta no "demitidor" um sentimento antes desconhecido por ele, fazendo-o redefinir suas prioridades.

De um modo geral, o filme é bem produzido, com uma boa atuação dos três protagonistas, tendo destaque a bela Anna Kendrick, que surpreendeu todo mundo. Francamente, a escolha do nome em português intimidou a qualidade do filme. A história é intrigante e faz o público se prender ao enredo, e ter sede de saber o desfecho de tudo isso. Entretanto, a uma certa altura, o meu interesse se esfumaçou por completo. A história migra de contentamentos a decepções em segundos. Tirando todo o fôlego de pessoas que anseiam por um final feliz. Além disso, tem um pouco mais de vulgaridade do que o necessário.

Lição do filme para mim: cada um escolhe a melhor maneira de viver. E não é porque existem estilos diferentes de se fazer isso que as escolhas de algumas pessoas sejam superiores às de outras.

Minha Nota: 7,0

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