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Resenha Crítica de Filme: Cisne Negro

Muito mais suspense do que drama, embora com mesclas de ambos os gêneros, o filme Cisne Negro tem como foco apresentar os conflitos internos inerentes a muitos seres humanos que não se contentam com nada menos do que a “perfeição”. E mostra, sem censura, o resultado da pressão em excesso que, não raras vezes, pode provocar no ser humano, um desequilíbrio psíquico fatal.

Natalie Portman em conflito psicológico
Natalie Portman, a menina prodígio de Hollywood, interpreta Nina, uma bailarina que vive sob a pressão insuportável da mãe e do rigoroso diretor de balé Thomas, interpretado por Vincent Cassel. Lutando para substituir Beth (Winona Ryder), a principal bailarina da companhia que está prestes a se aposentar, Nina dá tudo de si para conseguir o tão sonhado papel. Mas com uma evidente pureza, não consegue agradar o diretor ao incorporar o Cisne Negro da clássica peça “O Lago dos Cisnes”, de Tchaikovsky, que mostra duas faces, com o cisne branco a inocência, e com o negro, a malícia. Com uma vida anormalmente tensa, uma concorrência desleal de suas colegas que tentam derrubá-la, a pressão de sua frustrada mãe, do diretor e especialmente de si mesma, Nina passa a ter alucinações e alterações psicológicas pavorosas. Tudo piora quando uma bailarina notoriamente mais segura e astuciosa que Nina chega de San Francisco, indicando-lhe ser a maior ameaça. Depois de tudo isso, Nina se vê obrigada a mostrar o lado negro para desbancar suas colegas, especialmente Lilly (Mila Kunis). Mergulhada em um mundo sujo, infeliz e sensualmente decadente, Nina se afunda de vez na própria destruição.

O filme, indicado ao Oscar por várias categorias, é envolvente e original, e agradou os críticos, de um modo geral. Uma produção até que bem feita, e com uma trilha sonora elegante. As cenas de suspense são de dar arrepios. Mas não foi nada de extraordinário, nada que pudesse render o Oscar de melhor filme. Natalie Portman interpretou maravilhosamente seu papel, e daí sim merecia um Oscar. Mas o lado negativo, que infelizmente se sobressaiu, é que o filme teve excesso de cenas desnecessariamente apelativas para atrair o público. Com a história tão bem elaborada e a atuação convincente do elenco, realmente não era preciso que os diretores apelassem de forma tão escancarada e indecorosa, o que fez o filme cair muito no meu conceito. Sei que muitos me criticarão, mas a verdade é que não gosto de sexualidade apresentada nas telas. Quem me conhece bem sabe disso. Por isso, achei o filme digno de uma nota bem mais baixa do que eu daria se o diretor não tivesse dado tanto foco à sensualidade e a direcionasse para a beleza da história e até mesmo para o suspense, que é evidentemente o gênero do filme. Eu entendo, críticos de mim, que para Nina conseguir interpretar o Cisne Negro ela precisava desenvolver seu lado sensual, mas não acho que deveria ser de uma forma tão escancarada e apelativa. Estou preparada para o tiroteio, vamos lá! hehehehe

Minha Nota: 6,0


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Um comentário:

  1. Marcia não conheço o filme Cisne Negro. Julgando todo o traçado que você faz do filme, se percebe que deve ser muito interessante. Aliais, me prmita dizer viu, você entende e sabe como descrever uma boa história do cinema.
    Um grande abraço pra você.

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